sexta-feira, agosto 17, 2007

Os últimos cinco

livros. Que os meses... enfim, se de momento sinto que são para esquecer, há violetas sobre os rochedos dentro e fora de mim que me sussurram que são para lembrar, que são para crescer, que são para doer. O meu velho ciber-amigo, Vítor I., já me lançou o repto há mais de um mês, mas este foi o meu tempo, o tempo de mortes entre duas mortes; antes de Bergman, uma morte minha, pessoal, emocional, depois de Antonioni a morte de ontem, que é de todos, até dos que nunca se aperceberam dos momentos sublimes em que a bateria de Max Roach marcou a pulsação da Terra. Mas como às tantas gritam os meus putos neste doce espectáculo que estou a ajudar a remontar, onde está cada mistério? Cada ruína de império? Onde é que se regista? Em que gavetas e arquivos? É nos livros, é nos livros! A eles volto sempre que preciso de parar o ciclo venenoso de fugir de me encontrar para me encontrar fugindo. Apenas um aviso. Vou a meio de quase todos. Vou a meio de quase tudo.

  • Dix heures et demie du soir en eté, Marguerite Duras
  • A condição humana, Hannah Arendt
  • A arte de viver, Epicuro
  • Contos, Dorothy Parker [em exibição neste momento, posso dizer, porque de tão deliciosamente visuais parecem médias-metragens, que seriam longas se fossem parar às mãos do Manoel de Oliveira...]
  • Ensaio sobre o ciúme, Lev Tolstoi, caso não tenham dado por isso [releitura]
E não nomeio vítimas. Quem quiser, que agarre o desafio e exponha a sua intimidade literária.

2 comentários:

Vítor I. disse...

Cara velha ciber-amiga, mais vale tarde do que nunca :-)
(que comentário tão original...)

João Barbosa disse...

Olá, já tinha respondido a este desafio via Raquel Alão. Podes encontrar(-me) em
http://infotocopiavel.blogspot.com/2007/07/veio-discretamente-um-convite-ou-talvez.html

beijinhos