Só comecei a ver as coisas com clareza depois de a olhar deitada no caixão. [...] Só quando olhei a sua face sem vida é que tomei consciência do que realmente tinha feito. Compreendi que tinha sido eu, eu, quem a tinha matado, ela que pouco antes estava viva, quente, e se movia, agora... agora estava imóvel, da cor da cera fria, e ninguém, jamais, podia reparar esse facto.
Lev Tolstoi, Ensaio sobre o ciúme [A sonata Kreutzer], 1891, trad. Isabel Risques
quinta-feira, agosto 09, 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário