Mas em toda esta situação havia uma particularidade deveras revoltante: eu estava convencido de que a minha mulher me pertencia definitivamente, como se ela fizesse parte de mim e, ao mesmo tempo, sentia que não a podia possuir, que ela não era minha e que podia dispor da sua pessoa como bem entendesse [...]. Não conseguia decidir sobre o que devia querer ou desejar. Era pura e simplesmente a loucura.
Lev Tolstoi, Ensaio sobre o ciúme [A sonata Kreutzer], 1891, trad. Isabel Risques
terça-feira, agosto 07, 2007
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