sábado, julho 05, 2008
vilas morenas com braços de prata
O som perfeito. A noite quente. E aqueles dois duendes do piano sempre vogando, mergulhando, empastando-se de som e de gozo. Como os vejo sempre. Há músicos especiais, e se há cerca de dez anos foi precisamente com eles que o Jazz em Agosto tomou conta do Grande Auditório, hoje o seu prazer cresce, a sua música enche, a sua estrada sente-se. E o que mais me fascina na cumplicidade entre os pianos de Bernardo Sassetti e de Mário Laginha é a espontaneidade de relógio onde nem um olhar se troca, outro canal é o canal aberto. Que Venham Mais Cinco fosse um blues, já era curva suficiente, mas que dizer do Alban Berg que tão naturalmente nasce do Redondo Vocábulo? Ou da interioridade minimal e profunda da Grândola? Obrigada. Que foi a única coisa que consegui dizer ao Mário, quando me despedi de fugida. O Bernardo, esse, já devia ter embarcado no ovni que o havia de levar de volta ao seu planeta. Que, continuo a dizer, não é este. Ainda bem para ele, mas sobretudo para nós.
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1 comentário:
já percebi que falhei um extraordinário concerto ."mea culpa". E tens toda a razão há uns , e outros, que não habitam no nosso planeta. E, sim, é um privilégio quando temos a sorte de desfrutar a passagem deles por aqui.
beijo
adriana
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