é de um cinza claro se clara é a luz. obscuro reclama cinzel,
reclama escopro, reclama maço.
queria apagar, mas a goma mancha e nunca houve giz. tudo se cravou.
não sabemos o que é um traço leve, nada se esvoa num sopro. raspa.
tens de raspar.
a pele arrepia-se em pequenos vulcões que a esticam, que a rasgam expelindo uma lavazinha
levemente sanguínea. tens de raspar,
mesmo que os dentes te doam com a vibração estridente. raspa,
ainda que te roguem os ouvidos que não o faças,
ainda que se furem com a agulha de som
que nasce do teu cinzel sobre esta ardósia cinza claro
se clara é a luz. mas estás no escuro,
que podes fazer?
para a próxima, usa o giz.
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2 comentários:
Cá está a cigarrita-poetisa... :)
ora... :p não me chames essas coisas. ;)
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