Os braços abertos na marginal. A areia do Guincho espetando-se nos pés nús. O azul escuro-cromado entre as rochas. A Joni Mitchell nos ouvidos. Os jerry lewis de luxo do passeio Diana Spencer, um avião ruivo e gordo em patins, um outro par de patins ajudado por dois bastões de ski numa superfície plana, as gargalhadas. As viagens alternadas a Marte, eh, desce à Terra, vamos por onde agora? Os caracóis em malga e a imperial, os cães e os gatos, os velhos de pernas ao léu sobre as rochas, partilhando o mar e a escrita, o avô e o neto encostados à guarda de pedra, partilhando o mar e gelados. O vento. O sal no ar. A estrada. A luz. Os recantos. Os buracos partilhados, os silêncios e as dores, os olhos que falam. Os jogos de palavras, o riso. Não há Sentido, porque há todos e o infinito é o zero, é duro sabê-lo, mas não será melhor? No fim de tudo, continuamos a ver cabelos de anjo e desfiladeiros de penas quando olhamos para as nuvens, ao mesmo tempo que lhe conhecemos os dois lados, e sim, no fim de tudo gostamos que assim seja. Não há sentidos, mano, mas há dias assim, em que não se faz planos e de repente só há sentidos e o mundo cabe todo numa vespa azul-escuro, como o mar cromado. E ainda por cima faz cócegas... há lá melhor?
terça-feira, julho 08, 2008
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