E pronto, depois há os homens que estão para lá do quase, como o meu querido Carlos Fiolhais, que hoje no Público se passeia um bocadinho pelos jogos de poder das praxes académicas. O artigo online é só para assinantes, por isso aqui fica a chave de ouro. Ok, fico mais tranquila por perceber que esta sensação desagradável que sinto ao ver bibelots arrumadinhos nas suas prateleiras não é doença minha. E por confirmar que estar para lá do quase não é incompatível com o género masculino, apenas com alguma pedra dura das mentalidades.
E não posso aprovar — até porque é inconstitucional — a discriminação de que as mulheres são vítimas nos códigos da praxe. O dux veteranorum de Coimbra anunciou que elas não podiam usar colete no traje académico, ficando essa peça reservada aos homens. Por seu lado, e na mesma linha, o dux do Porto defendeu que os fados e as serenatas são coisas de homens. Segundo ele, a interpretação do fado académico pelas mulheres seria inverter os papéis do macho e da fêmea; se as fêmeas fossem fazer serenatas aos homens aonde é que íamos chegar? Parece que há mulheres que aceitam este tipo de restrições. Eu, se fosse mulher, revoltava-me. Mas não sou e revolto-me na mesma.
sexta-feira, maio 09, 2008
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