Há pessoas que têm o condão de resumir muito luminosamente coisas que por vezes esqueço que sei. "As crianças são cruéis, e testam os limites da sua crueldade naqueles que amam, naqueles com quem têm crédito."
Era uma analogia certeira, na boca da A., e claro, três gajas ao almoço, depois de dançarem durante duas horas, nem vou dar-me ao trabalho de aqui registar o tema da conversa. A minha pergunta, dilacerante, impaciente, incrédula, é apenas esta: e até que idade se poderá dar o desconto da infantilidade? Até que idade se admite a inimputabilidade?
Até que idade cada um de nós escolhe refugiar-se na inimputabilidade? Quando é que a crueldade passa a ser apenas isso, crueldade, em vez de uma perversa forma de amor aterrorizado?
quinta-feira, maio 29, 2008
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