sexta-feira, maio 16, 2008

nada Placida 7.0

A perseguição implica o prazer, a ausência implica clareza, objectivo, motor. Fala de amor, sim, apenas duas vezes: com Vittoria, quando se joga a primeira pedra da irmandade; e na juke box, o momento em que eu própria não percebo, não consigo perceber, não quero perceber, sei não ser possível perceber plenamente se a máscara cai ou se coloca.Para lá desse sentimento que tudo avaliza ou de onde tudo nasce ou para onde tudo converge, o amor —ou será o Amor, ou será que o tamanho importa?—, apenas a posse, a pertença, a obstinação e a gula do jogo. Apenas? E será assim tão pouco? O vício? O vício no corpo, o vício na presença, o vício na ideia do vício. O reencontro mascara-se no género, revela-se na distância. Amam-se? Amar-se-ão. Mas no fim de contas recuperam-se como quem recupera uma agulha quando os braços quase conseguiam ficar limpos. E sabem-no.



... a partir de sábado [e sábado é um ensaio aberto, portanto, é fartar vilanagem...] e pela módica quantia de 5€, estes posts e outros retorcimentos um pouco italianos, um pouco alemães, um pouco portugueses, explicam-se a si mesmos —or so I hope—, no palco do TNSJ, ou no Café de Ridolfo, cheio das palavras de Rainer Werner Fassbinder .

Com esta estreia difusa, nem sei como pedir-vos que me mandem à merda. Olhem, até terça-feira que vem, estejam à vontade.




Convosco, Aretha Franklin e Annie Lennox. Sisters are doin' it for themselves, oh, you bet.

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