segunda-feira, abril 28, 2008

tempo?

Cheguei a casa no sábado, tenho andado a trabalhar um bocadinho, mas sobretudo a laurear e a matar saudades. Ontem assustei-me quando, já na cozinha, percebi que não era meio-dia como eu pensava, mas uma e meia. Já no sábado tinha sentido uma estranha flutuação nas horas do dia, mas não conseguia perceber porquê. Hoje era a primeira manhã em que tinha horas para estar em algum lado e felizmente decidi acordar mais cedo do que era preciso, para adiantar coisas em casa. Ouvi o Puto sair às sete e meia da matina, estava eu a acordar, e pensei, "livra, coitada da miúda, hoje começa cedo". Só quando cheguei à cozinha percebi que tinha tempo apenas para as tarefas indispensáveis e para sair disparada. A hora mudou enquanto estive no Porto. O meu quarto estava uma hora atrasado. Mas o que me soube mesmo bem foi ter levado dois dias a aperceber-me disso.


Lisboa, Janeiro de 2007
fotografia de Rodrigues

4 comentários:

MPR disse...

E fica assim provada a relatividade do dito...

K. disse...

O tempo, o tempo...


"O tempo não sabe nada, o tempo não tem razão
O tempo nunca existiu, o tempo é nossa invenção
Se abandonarmos as horas não nos sentimos sós
Meu amor, o tempo somos nós

O espaço tem o volume da imaginação
Além do nosso horizonte existe outra dimensão
O espaço foi construído sem princípio nem fim
Meu amor, huuum, tu cabes dentro de mim

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

A nossa história começa na total escuridão
Onde o mistério ultrapassa a nossa compreensão
A nossa história é o esforço para alcançar a luz
Meu amor, o impossível seduz

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Não há passos divergentes para quem se quer
Encontrar

O meu tesouro és tu
Eternamente tu
Eternamente tu"

Jorge Palma

Manel disse...

:)

Anónimo disse...

pergunto: como será nos locais em que não há hora?