quarta-feira, abril 23, 2008

abre os olhos

É bem melhor acordar sem saber porquê, no fim da madrugada a ignorância é uma bênção que a memória do sonho esquarteja cruelmente. Volto-me dentro de mim mesma, não me revolto, mas reviro-me, mudo os pontos de fuga, mudo os prismas, mudo as perspectivas, reviro-me e volto-me e continuo turva. Sinto tudo, compreendo nada, talvez nem seja sensação nova, talvez nunca o decorrer dos dias tenha passado por mim de outra maneira. Não quero disparar. Não te quero matar para não fugires e quero parar de fugir, mas não sei como, diz-me como, peço-te. Nem ajuda sei pedir.

Talvez nunca o decorrer dos dias tenha passado por mim de outra maneira. Talvez nunca o amor... talvez sempre.

1 comentário:

K. disse...

Um beijo grande, cigarrita.