quarta-feira, abril 09, 2008

nada Placida

Até que ponto a posse se sobrepõe à necessidade de liberdade? Será que essa necessidade de liberdade existe em essência, ou é apenas mais uma construção? Pode a prisão, em relação bi-unívoca de poder, ser uma forma de liberdade? Existe amor para lá do desejo, da pertença e da convenção? Conseguir o que se persegue, pode ser inebriante, pode ser indiferente, pode ser uma agonia?

Como concretiza uma mulher uma relação de poder com um homem que lhe foge? Onde está a violência? Hipótese 1: nas palavras. Hipótese 2: na voz. Hipótese 3: no corpo. Hipótese 4: no sexo. Hipótese 5: no confronto. Hipótese 6: na máscara. Hipótese 7 [tinham de ser sete, claro]: na submissão.

Uma mulher poderosa e determinada a raiar a obstinação, tem de ser uma amazona, ou pelo contrário, pode ser de uma fragilidade extrema? As botas cardadas serão uma forma de corresponder ao estereótipo da mulher forte masculinizada, mas porque razão hão-de ser as botas cardadas um símbolo de masculinidade? A extrema feminilidade pode ser uma forma de contrariar o estereótipo, mas não será isso também um modo de reconhecer no estereótipo a autoridade final? Uma outra forma de aceitar as ordens, pois...

Placida, é o seu nome. Gosta de ser um homem, de dia, de noite já não.


Love is a losing g...

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