há noites assim
em que por detrás das nuvens os olhos adivinham um forte luar
—mas não tão forte que as rompa, não tão amarelo que as coma.
em que a pele não sabe se enrijece
—se arrepia.
em que no ar nada corre
—só farejo a distância.
em que a língua se enrola e se avoluma na boca,
como se nada houvesse para dizer
—ou porque há tanto.
perguntaste, mas a resposta...
não a sei.
e porque há tanto, não falo
—escuto.
domingo, abril 20, 2008
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