uma hora e meia com u omãi qe dáva pulus tãu áltus qe saíu pêlu tôpu
duas horas em Afterschool, um clip de duas horas desvelando em vídeo, espaço, luz e rostos, a nossa vida interna e externa e de eterna adolescência renegada num dos filmes mais brilhantes que já vi — também eu, como o Augusto M. Seabra, fiquei siderada
a felicidade que uma obra de arte deste calibre me deixa, na corda bamba com esta dor fininha que é a certeza de que nós fazemos muito, mas muito mal aos miúdos, e não é porque eles vêem porno no youtube, nem porque eles são burros, apenas porque a cobardia e a perigosa infantilidade dos adultos são ilimitadas — mas toda a poesia, filosofia, plasticidade, complexidade, clareza, que uma mente de 25 anos pode pôr num filme de ficção documental é candeia suficiente para o percurso, pelo menos por esta noite
Lisboa à noite em conversa lenta e passo falado, com paragem no Império para um gelado e uma imperial — e da mesa nem se via o Phil Collins no écran gigante
ah, e o dia começou comigo a partir-me toda numa hora de barra de chão — porque só o corpo sabe, pois como dizia u omãi qe dáva pulus, as mãos não têm, as mãos só podem agarrar. Qer dizêr, as mãus.
terça-feira, outubro 21, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
ui, barra de chão... as saudades...
... estou a chegar ao fim do dia seguinte, sabes o que isso quer dizer, não sabes? Já estou a magnésio, e mesmo assim parece que os músculos podem explodir a qualquer momento. Amanhã não posso ir à segunda aula, porque tenho trabalho. Vou estar num lindo estado, vou. :p
sei bem, sei. e as saudades persistem, mesmo assim ;)
Enviar um comentário