Há uns dois dias tive de tomar uma daquelas decisões dilacerantes, e por mais que tente andar e esquecer, a verdade é que a escolha me mói. Hoje de manhã Frederick Wiseman deu uma masterclass na Culturgest, e logo a seguir passou La dernière lettre. Já estava na agenda, inamovível, axial, corolário da semana. Mas precisamente porque perdi a minha fortuna ao jogo, não consigo dar-me ao luxo de recusar trabalho, e pimba, toma lá uma locução para o CêGripe, que está na época.
Os spots televisivos são pagos à tabela, e compensam sempre. Mas o Wiseman não ia para o banco agora, ficar-me-ia para sempre. O trabalho correu bem, eles pareceram-me até relativamente impressionados, o que pode significar bem mais do que um mero recibo, mas trabalhos futuros. E o intermitente que se preza sabe bem quanto valem esses "futuros", no nosso muito próprio jogo bolsista.
Mas o Wiseman... o Wiseman ficar-me-ia cá dentro, nãu nas mãus qe agárrãu, mas cá dentro.
Foda-se mais a puta da realidade.
Desculpem lá a falta de maneiras.
quarta-feira, outubro 22, 2008
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
5 comentários:
totalmente no mesmo comprimento de onda, querida...
O alimento do corpo vem sempre, sempre, primeiro...
pois, 'tá bem. [grunfffff]
mesmo assim, ainda não estou convencida do acerto da escolha. resta-me o resto da retrospectiva no Doc e a vã esperança de eventualmente me cruzar com o senhor na casa-de-banho... :|
os spots podem ser merdosos, mas é sempre um orgasmo ver-te entrar em nossa casa pela caixinha mágica, deixa lá. ;-)
:p este spot até me pareceu giro... depois digam lá o que acham, quando apanharem. Sou a menina da caixa...
Enviar um comentário