O outono que é para tantos depressivo, sempre me foi uma época de regeneração, talvez pela marca do trabalho, dos projectos, do mundo que, bem ou mal, volta a mexer. Bem mais do que a primavera, tempo de melancolias e cansaços, de balanços de ganhos e perdas, anúncio mágico de um fim a distância incerta. Sou do outono, tendo embora nascido no pino do verão. Sou do sol e da chuva misturados. Dos inícios sorridos e chorados. Das luas grandes e baixas e amarelas. Do debulhar de tudo o que germinou ao longo do ano para na eira encontrar as sementes, transformar o joio, aproveitar o trigo. Sou das colheitas.
quarta-feira, outubro 22, 2008
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4 comentários:
e no entanto - intermitentes - no tempo das colheitas somos de semear para depois colher e guardar, que a nossa hibernação é frequentemente estival.
este post 'arrasou', o semeio de palvras, a colheita de vídeo, essa música do neil pela cassandra está uma coisa...
abr
rf
:) thanks.
bjs
As colheitas dependem das sementeiras e do cuidado posto na vigilia.
e... então começa-se a saborear os frutos do Outono, antes de mergulhar num Inverno com esperança de Primavera!
Beijos
ME
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