Aqui fica a manhã vista pela Catarina Leal e pela Margarida Madureira, mas no YouTube começam a aparecer as reportagens das três televisões. Só que, pronto, esta é toda nossa. E a música é dos OqueStrada, ainda por cima. E agora é que a minha mãe deve estar num misto de orgulho e desespero, comovida por finalmente me ver de noiva e a achar que é desta que a filha não arranja gajo que aguente [e não, não falta o artigo].
Foi uma manhã luminosa, como são todas aquelas em que se luta pelo que sentimos certo. Concretizámos em símbolo aquilo que é um direito que não tem de ser concedido, apenas reconhecido. Aquilo que cobardemente, por conveniências eleitorais e mesquinhez mental, alguns se sentem no direito de negar aos seus concidadãos. Foi mais uma etapa que poderia e deveria ter sido a última. Mas foi uma manhã luminosa. E preparou-me para o resto do dia, melancolicamente luminoso também. Despedi-me finalmente do meu pirilampo, na companhia certa, e fui adoptada novamente. Não há substituições, não há lugares a ocupar, e realmente um ente querido nunca chega ao fim da sua morte, que nos acompanha tanto quanto a sua vida. Mas há espaço. E há uma fundação —por sinal o único local do país onde se faz cremação individual [sei que há muita gente que nem percebe porque é que não vai tudo para o lixo e pronto, mas enfim, nem vale a pena tentar explicar...]— uma fundação que é também abrigo para animais abandonados, com uma enorme lista de espera; e há uma gata arredia que vem miar para mim e que com cinco anos e sem rabo dificilmente vai ser adoptada. Também é uma tartaruga, chamava-se Boa-Nova, resolvemos num anagrama para Noa. Ainda anda a explorar território. E o zangado e triste Sombra lá vai bufar durante dois dias, mas bem ou mal desencolheu-se e largou o lugar da Frika no sofá. Os lutos fazem-se cá dentro. Chorar na altura certa faz bem. Limpa o pára-brisas. Ainda é estranho ver aqui uma tartaruga que não a que ainda cá pertencia. Mas a Noa encontrará o seu lugar. Há pelo menos três anos que não tinha quentinho, e mais gata de casa não podia ser. Está nas sete quintas. E acho que é razão mais do que suficiente para deixá-la ficar.
Minha Rodrigues, não consegui falar contigo, mas aqui tens a minha resposta à tua proposta. Como vês, não tinhas nada com que te preocupar. No meu caso, também ganhou a gata. ;)
Foi uma manhã luminosa, como são todas aquelas em que se luta pelo que sentimos certo. Concretizámos em símbolo aquilo que é um direito que não tem de ser concedido, apenas reconhecido. Aquilo que cobardemente, por conveniências eleitorais e mesquinhez mental, alguns se sentem no direito de negar aos seus concidadãos. Foi mais uma etapa que poderia e deveria ter sido a última. Mas foi uma manhã luminosa. E preparou-me para o resto do dia, melancolicamente luminoso também. Despedi-me finalmente do meu pirilampo, na companhia certa, e fui adoptada novamente. Não há substituições, não há lugares a ocupar, e realmente um ente querido nunca chega ao fim da sua morte, que nos acompanha tanto quanto a sua vida. Mas há espaço. E há uma fundação —por sinal o único local do país onde se faz cremação individual [sei que há muita gente que nem percebe porque é que não vai tudo para o lixo e pronto, mas enfim, nem vale a pena tentar explicar...]— uma fundação que é também abrigo para animais abandonados, com uma enorme lista de espera; e há uma gata arredia que vem miar para mim e que com cinco anos e sem rabo dificilmente vai ser adoptada. Também é uma tartaruga, chamava-se Boa-Nova, resolvemos num anagrama para Noa. Ainda anda a explorar território. E o zangado e triste Sombra lá vai bufar durante dois dias, mas bem ou mal desencolheu-se e largou o lugar da Frika no sofá. Os lutos fazem-se cá dentro. Chorar na altura certa faz bem. Limpa o pára-brisas. Ainda é estranho ver aqui uma tartaruga que não a que ainda cá pertencia. Mas a Noa encontrará o seu lugar. Há pelo menos três anos que não tinha quentinho, e mais gata de casa não podia ser. Está nas sete quintas. E acho que é razão mais do que suficiente para deixá-la ficar.
Minha Rodrigues, não consegui falar contigo, mas aqui tens a minha resposta à tua proposta. Como vês, não tinhas nada com que te preocupar. No meu caso, também ganhou a gata. ;)
7 comentários:
Ooooooh, pááááá... :')
(E com cinco anos e sem rabo, ninguém a ia querer.)
bem dito, sim senhora.
e quanto à nova companheira de casa, só fazes bem. mais mimo nunca é demais. fico contente por ti!
Esqueci-me de te dizer que me casava contigo de bom grado. :)
Para a próxima, se não tiveres marido... ;)
Olha que eu não pinto o cabelo de loiro... Ou me aceitas como sou ou apenas tenho o concubinato para te oferecer. ;)
Tens dúvidas de que te aceitaria como és? ;) Mas teríamos de viver em casas separadas, por causa do tabaco. .P
(Além disso, loiras, só naturais. :D)
Dúvidas nenhumas, mesmo nenhumas... :) Se casasse contigo até largava o tabaco, só fumava ganzas. ;)
Ok. Ganzas pode ser. :D
(Eu ainda estou no defeso. :/)
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