terça-feira, outubro 14, 2008

hoje houve porrada na marquês de pombal

Da boa, com chota e tudo. São setecentos alunos, sete funcionários, vulgo contínuos, um por cem, e todos com postos fixos, portarias, telefones, et cætera. A marquês de pombal de má-fama, uma das históricas escolas-problema de Lisboa, tem corredores vazios de adultos a cada interrupção. Só agora é que houve porrada da séria, com direito a sirenes azuis. E foi porque chamaram os pais para pôr cobro a uma luta entre alunos e os pais portaram-se à altura, saltaram para o ringue e orgulhosamente desataram à solha. Repito, só agora é que houve porrada, não há funcionários e os pais deram o exemplo. Devo andar numa fase optimista, porque dá-me esperança nesta geração, apesar de toda a merda que lhe fazem.


...

Sete funcionários numa escola secundária central da capital do país. E há quem queira convencer-me de que uma crise não significa apenas que alguns se estão a encher ainda mais do que o costume à nossa custa? Quando oiço que aqui se perderam não sei quantos milhões, ali outros tantos, não posso deixar de me perguntar se se esqueceram deles no eléctrico, se explodiram, se foram abduzidos por extra-terrestres ou mastigados por algum bode pachorrento. Para onde foram? Onde estão? Em que bolsos, em que crimes?


Ando numa de perguntas... estou cansada de tagarelar. A partir de agora quero que me expliquem tudo, por obséquio. Não há cu para este mundo.

Sem comentários: