sábado, agosto 23, 2008

insight

Conheço pessoas que se enchem com a dor dos outros. Que percorrem os caminhos deixando pequenos marcos de tristeza nas bermas, culpados na sua boa consciência, inchados no seu ego sôfrego de amor. Mas não são os encantos do caminheiro que se definem no amor perdido e resistente, por mais marcos que enfeitem o seu caminho. É apenas o coração de quem o vê passar que fica à mostra na sua vermelhidão, que face à morte iminente se descobre inesperadamente vivo. Os mortos também andam.

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