terça-feira, agosto 12, 2008

a bandeira invertida




Uma arca preciosa, uma silenciosa torrente de questionamento filosófico e humano. Um filme igual aos seus actores, virtuosamente em underacting. Aliás, um show de cinema e de actores. Susan Sarandon e Tommy Lee Jones são gigantescos na emoção e na contenção com que atravessam O vale de Elah. E o desconforto fica, ludibria esse sítio secreto da nossa mente, habituada aos thrillers de guerra, que espera a conspiração, espera os segredos cabeludos, espera o davidiano veterano contra o golias federal. Mas só recebe um cão atropelado no Iraque e uma bandeira invertida. E uma estranheza de se saber humano. Porque o carro azul parece verde sob a luz amarela.


... podia, sem dúvida, fazer um post-testamento à conta só dos olhos de Tommy Lee Jones. Mas a verdade é que não me apetece dizer mais nada, senão que daqui em diante vou estar atenta ao nome de Paul Haggis.

Sem comentários: