sábado, outubro 20, 2007

anjinho

Et voilà, mais uma prova de que sou uma tenrinha que deixa passar ao lado as telenovelas - ou os filmes para maiores de 18 - desta vida. Passando os olhos pela Sábado da semana que passou, vou dar à entrevista de uma ex-oboísta da New York Philharmonic, agora jornalista e autora de um livro onde descreve sinfónicas brincadeiras de sacristia, com droga, sexo e muitos pizzicatos. Quase dez anos de coro gulbenkian, de trabalho com orquestras de todo o mundo, e não é que tudo me passou ao lado? Bom, havia aquele trompista holandês... mas enfim, era um bocado loiro demais para o meu gosto. Tripes, só aquelas em que nos momentos de maior stress surgiam alucinações colectivas que pregavam com batutas os maestros em agonia sobre o púlpito, em vão tentando esbracejar contra nós. Sim, não sou surda, ouvi muita conversa sobre trocas de quartos, sobre corações despedaçados em viagens pelo oriente, mas pronto... drogas, sim, cerveja, sobretudo, muita cerveja, e vá, o ocasional space cake [muita passagem por Amsterdão, ninguém se escapa]. Anjinho, é o que sou. Ainda bem que sempre fui altamente arrebatada pela música, ou teria de considerar tais anos uma década inteira de louca juventude desperdiçada.

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