sábado, novembro 01, 2008

sincronicidades

Eu para aqui a poetizar panos suspensos e pássaros sem asas, e o caçador da casa vem entregar-me aos pés uma prenda viva, respirante, como ele gosta de oferecer. Aterrado, o pardalito deixou-se estar nas minhas mãos, fingindo-se morto ou paralisado com o choque ou ambos — até para o lado tombava em bloco, não fosse o coraçãozinho a mil à hora e o suave ofegar, até a mim me enganava, quanto mais ao Sombra orgulhoso do seu troféu, da sua homenagem à chefe da tribo — eu, cof cof.


Bastaram umas festas na cabeça e três calmas viagens até à janela aberta. Rapidamente percebeu que a saída estava ali, à espera das suas asas.

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