quarta-feira, março 12, 2008
a minha casa
É o café de saco pela manhã, e a bombilla de mate. É a pronúncia da mouraria, desafiando o meu cantar da batalha. É esta luz generosa desenhando mosaicos sobre os telhados. É o Tejo espreitando em surpresas familiares no fundo de uma ruela que uma esquina descerra. É um pitbull de orelhas inteiras correndo pelo miradouro com os mesmos olhos do puto que o desafia a perseguir a bola. É o repicar imponente no topo da igreja da Graça. É ter a Raquel à distância de um telefonema e a Rita à distância da marginal e cruzar o adamastor com a certeza de encontrar o Miguel. É o 28. É mandar calar o Billy que devorou a comida num ápice e agora quer mais e está a ficar um badocha. É ter a Frika e o Sombra a ronronar sobre o meu braço. É poder atacar o piano sem estar sempre a espreitar a ver se passa alguém pela sala. É a parada de bibes e risos infantis ao soar do último toque enquanto bebo uma caneca de Marco Polo Rouge na varanda-camarote de onde os espreito, filhos e pais. São os saris coloridos e os risos da Índia a encher o parque infantil. São as ruas à minha volta cheias de cores e línguas diferentes. É o Puto estar quase a chegar para jantar.
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7 comentários:
que bonito e que maravilha, amiga.
(tinha um comentário extenso, mandei o resto por mail)
Home sweet home...
:-)
E que rico almoço rápido foi o nosso! O único "fast food" verdadeiramente nutritivo é o dos reencontros... Estava cheia de saudades tuas... Aliás, ainda estou. Pensa que apenas me sai pela boca metade do que quereria dizer-te (é defeito de fabrico...)e perde-se algures nos meus ouvidos um sexto do que falaste (a cabecinha não fixa tudo ;-))
Temos de nos encontrar antes de partires novamente... Até Lisboa se banhou de sol nos últimos dias só para te dar as boas-vindas! :-)
É, está quase tão solarenga como esta caixa de comentários. :)
Tem dado para matar saudades... que é como matar pulgas... alivia a gente ;)
jejejejeje... :)
Ena, que lindo...
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