É sempre ainda recorrentemente o mesmo. É, parece que dá tusa. Pois. Que expulsa o vazio. Sim, sim. Que traz um sentido ao sentido nenhum. Ai é? Mas o que é que não bate certo em mim, então? Se nenhum poder me insufla o peito sobre um pedestal? Ou se o insufla, dele rapidamente me piro, do desconforto do perímetro reduzido, do frio do mármore a penetrar-me os pés. É que eu adoro sentir tusa. No entanto, o poder... É que também eu encho dia-a-dia os meus vazios, mas primeiro olho-os bem, para não os encher de lixo. Mas o poder... É que talvez há muito tenha deixado de buscar sentidos onde não os há, e aí talvez tenha achado um sentido. Aliás... porque se chama sentido, quando aquilo de que quase todos falam quando procuram o peixe, é de uma meta? Uma contradição em termos. Mais uma...
Talvez por isto tudo, e porque o herói leva sempre uma pilinha em cada mão, quando surge a palavra "poder", acabo sempre a pensar, "maneira estranha de dizer os efes..."
Poder - José Mário Branco
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