sábado, fevereiro 28, 2009
sexta-feira, fevereiro 27, 2009
quinta-feira, fevereiro 26, 2009
a frase
You're strong enough to be weak.
— há frases que só o amor pode produzir. Hoje acabei de rever Spartacus, vinte anos depois da primeira vez, vinte anos certos, com uma escala algures pelo meio que não sei localizar com precisão. E há obras que se vêem sempre pela primeira vez, ainda que haja deixas que ressoam, momentos que se comovem com o presente e a memória, cinema que já se respirou e que entra sempre nos pulmões como no primeiro grito. I'm Spartacus.
— há frases que só o amor pode produzir. Hoje acabei de rever Spartacus, vinte anos depois da primeira vez, vinte anos certos, com uma escala algures pelo meio que não sei localizar com precisão. E há obras que se vêem sempre pela primeira vez, ainda que haja deixas que ressoam, momentos que se comovem com o presente e a memória, cinema que já se respirou e que entra sempre nos pulmões como no primeiro grito. I'm Spartacus.
sequenza
Hallelujah (Leonard Cohen cover) - Beirut
Já me consegui confundir com um, levaram-me a sério, até pensaram que tinha bigode. Sobra-me o nome, desses tempos áureos em que corria por aí que eu era um verdadeiro sultão num harém de trutas. Tenho uma estranha identificação com os homens, mas cheira-me que é por exclusão de partes — na realidade é uma desidentificação do lado a que culturalmente não colo — ou não me deixo colar, ou não me consigo colar, sendo que na brincadeira do jogo social da sobrevivência, com eles tudo sempre foi mais simples. Divirto-me. Leio-os. E ao mesmo tempo protejo-me. As mulheres intimidam-me mais, e só à medida que fui crescendo fui percebendo que não eram elas que não gostavam de mim, era eu que tinha medo delas. E agora são-me mais fáceis, mais próximas, já me conheço melhor, já as leio melhor. Mas no geral continuam a meter-me medo, inexplicavelmente. Se calhar, na verdade, não me sinto nem uma coisa nem outra, e ao sentir isto estilhaço a minha própria generalização e percebo que a quantidade de homens que sempre me encheram a vida, com as mais diversas funções, entenda-se, é uma mera contingência. Se calhar foi mulher a mais, numa casa em que até o gato afinal era gata. Mas a verdade é que cá fora, e tirando tu, que sabes quem és, nunca guardei as mulheres, mas os homens. Se calhar era só isso, mais fácil. Pelo menos quando os jogos não se baralhavam, era mais fácil. Se calhar continua a ser. Não me parece que isto se resuma à mera felicidade hormonal.
Saio de uma casa de homens, entro numa casa de homens. E sinto-me em casa. No elenco há sobretudo homens, almoço com homens, bebo café com homens, janto com o homem do almoço, partilhamos favaios e ensaios e conversas sobre mulheres e homens. E dificuldades e facilidades e restos, saúde! E música. And well... maybe there's a god above, but all I ever learned from love was how to shoot somebody who outdrew you... E muito muito obrigada por estas Black Sessions.
as palavras e o acaso — os homens
O que é que eu sei sobre os homens? Pouco.
É verdade isto. Sei muito sobre as pessoas em geral, bastante até sobre a natureza humana, sobre os vários formatos, feitios, tamanhos, idades, proveniências, mas sobre os homens, mesmo, não sei lá muito. Por vários motivos. Na realidade, sei pouco sobre os homens porque as mulheres ocupam mais espaço na minha vida, porque me fascinam muito mais. Interessam-me mais as mulheres, o universo feminino, é sobre elas que sei. Sobre os homens posso dizer algumas generalidades, mas será que isso interessa? Sei-os, existem tantos, mas conheço poucos. Tenho a mania de gostar de conhecer a fundo, só dessa forma, o resto não me move. Faço isso com pouquíssimos homens, os dedos de duas mãos são demais para os contar. Sou, para o mal e para o bem, incontornavelmente selectiva. O número de homens que verdadeiramente me despertaram o desejo de os conhecer bem é muito reduzido.
Surpreendem-me e modificam-me porque a nossa natureza é uma e a deles é outra, claro. Emociona-me a capacidade de voo que alguns deles têm. Isso pode ser de uma beleza extrema. Mas também de uma grande violência. Philip Roth, n'A Mancha Humana, tem umas páginas sublimes sobre isto. Sobre a forma como os homens mergulham, a pique, como se mandam em frente. Nós temos um medo que nos ancora porque temos filhos dentro de nós durante algum tempo. Eles não, não têm esse agarramento à terra. Isso eu sei sobre eles.
Outra coisa é manterem sempre algo de criança, de miúdo pequeno. Mesmo. Daí que às vezes sejam mais transparentes do que nós, quase todos.
Outra é que facilmente se acomodam porque às vezes são pouco exigentes e deixam-se a querer só casa e conforto.
Outra é não saberem ainda como juntar corpo, emoção e razão.
Outra coisa que sei é que sabem focar-se melhor do que nós e ser mais egoístas e que por isso há-os brilhantes, fascinantes, maravilhosos e tão incompletos. São mais quentes, têm o sangue mais quente e têm mais força física que nós. E riem-se e auto-regeneram-se. Musil diz que as cidades, como os homens, reconhecem-se pelos passos. E é verdade, os passos dos homens identificam-nos, tal como a forma como se movem e se mexem e nos mexem.
Impressiona-me quando os vejo como fortes em praias isoladas e prisioneiros deles próprios. Marcam-me os poucos que conseguem conjugar a capacidade de sonho que têm, maior do que a nossa, mais pura que a nossa, com as dúvidas que os assaltam e mover o mundo a partir daí. Sei-os capazes das maiores delicadezas e arrebatamentos, mas também os sei distraídos e em círculo, sem verem que o que era já não lá está ou sem verem o que é fundamental. Têm uma doçura imensa, alguns, e quando vivem bem a sua sensibilidade, a de lá bem de dentro, sem medo, derrubam-nos.
Tenho dois filhos, ambos homens. Tenho aprendido muito com eles, mas só agora o mais velho fez 18 anos e o outro tem quase 14. São homens-semente, ainda. Mas está tudo lá. A força, o corpo, a cabeça, a química, o sonho. Penso sempre, redondamente, que aquilo que vierem a ser dependerá tanto das mulheres com quem se cruzarem.
É pouco o que sei sobre os homens.
Se gosto deles? Claro. Muito.
— escrito por Ana Sousa Dias a partir de uma conversa com Guta Moura Guedes, publicado na Pública de 18 de Janeiro de 2009. Fez comigo a mudança — dois homens ontem, outros dois homens hoje — porque sabia que o quereria postar, mais tarde ou mais cedo. Foi hoje. Porque, salvo uns quantos twists no argumento, que no meio desta ternura toda acabam por ser lã de cabra, eu poderia ter dito tudo isto e escrito qualquer coisa aproximada. E gosto mesmo quando as palavras vêm assim ter comigo. Muito. —
É verdade isto. Sei muito sobre as pessoas em geral, bastante até sobre a natureza humana, sobre os vários formatos, feitios, tamanhos, idades, proveniências, mas sobre os homens, mesmo, não sei lá muito. Por vários motivos. Na realidade, sei pouco sobre os homens porque as mulheres ocupam mais espaço na minha vida, porque me fascinam muito mais. Interessam-me mais as mulheres, o universo feminino, é sobre elas que sei. Sobre os homens posso dizer algumas generalidades, mas será que isso interessa? Sei-os, existem tantos, mas conheço poucos. Tenho a mania de gostar de conhecer a fundo, só dessa forma, o resto não me move. Faço isso com pouquíssimos homens, os dedos de duas mãos são demais para os contar. Sou, para o mal e para o bem, incontornavelmente selectiva. O número de homens que verdadeiramente me despertaram o desejo de os conhecer bem é muito reduzido.
Surpreendem-me e modificam-me porque a nossa natureza é uma e a deles é outra, claro. Emociona-me a capacidade de voo que alguns deles têm. Isso pode ser de uma beleza extrema. Mas também de uma grande violência. Philip Roth, n'A Mancha Humana, tem umas páginas sublimes sobre isto. Sobre a forma como os homens mergulham, a pique, como se mandam em frente. Nós temos um medo que nos ancora porque temos filhos dentro de nós durante algum tempo. Eles não, não têm esse agarramento à terra. Isso eu sei sobre eles.
Outra coisa é manterem sempre algo de criança, de miúdo pequeno. Mesmo. Daí que às vezes sejam mais transparentes do que nós, quase todos.
Outra é que facilmente se acomodam porque às vezes são pouco exigentes e deixam-se a querer só casa e conforto.
Outra é não saberem ainda como juntar corpo, emoção e razão.
Outra coisa que sei é que sabem focar-se melhor do que nós e ser mais egoístas e que por isso há-os brilhantes, fascinantes, maravilhosos e tão incompletos. São mais quentes, têm o sangue mais quente e têm mais força física que nós. E riem-se e auto-regeneram-se. Musil diz que as cidades, como os homens, reconhecem-se pelos passos. E é verdade, os passos dos homens identificam-nos, tal como a forma como se movem e se mexem e nos mexem.
Impressiona-me quando os vejo como fortes em praias isoladas e prisioneiros deles próprios. Marcam-me os poucos que conseguem conjugar a capacidade de sonho que têm, maior do que a nossa, mais pura que a nossa, com as dúvidas que os assaltam e mover o mundo a partir daí. Sei-os capazes das maiores delicadezas e arrebatamentos, mas também os sei distraídos e em círculo, sem verem que o que era já não lá está ou sem verem o que é fundamental. Têm uma doçura imensa, alguns, e quando vivem bem a sua sensibilidade, a de lá bem de dentro, sem medo, derrubam-nos.
Tenho dois filhos, ambos homens. Tenho aprendido muito com eles, mas só agora o mais velho fez 18 anos e o outro tem quase 14. São homens-semente, ainda. Mas está tudo lá. A força, o corpo, a cabeça, a química, o sonho. Penso sempre, redondamente, que aquilo que vierem a ser dependerá tanto das mulheres com quem se cruzarem.
É pouco o que sei sobre os homens.
Se gosto deles? Claro. Muito.
— escrito por Ana Sousa Dias a partir de uma conversa com Guta Moura Guedes, publicado na Pública de 18 de Janeiro de 2009. Fez comigo a mudança — dois homens ontem, outros dois homens hoje — porque sabia que o quereria postar, mais tarde ou mais cedo. Foi hoje. Porque, salvo uns quantos twists no argumento, que no meio desta ternura toda acabam por ser lã de cabra, eu poderia ter dito tudo isto e escrito qualquer coisa aproximada. E gosto mesmo quando as palavras vêm assim ter comigo. Muito. —
terça-feira, fevereiro 24, 2009
inutilidades — a propósito do príncipe rebelde
TRAPPOLO Só estou a ver que a minha presença aqui a esta hora e todos os dias da semana, é inútil.
RIDOLFO O teu chefe é que determina o que aqui é inútil.
TRAPPOLO E o que é útil, Deus Nosso Senhor.
RIDOLFO E a tua opinião não passa de música de fundo.
TRAPPOLO Devo limpar as mesas pela segunda vez esta manhã?
RIDOLFO Deixa, uma vez chega.
TRAPPOLO Estava a brincar.
RIDOLFO Tomaste essa liberdade.
TRAPPOLO Para animar o ambiente, que está pesado.
RIDOLFO Sentiste que era teu dever.
TRAPPOLO Então não quer que as minhas piadas animem o ambiente?
RIDOLFO Faz como quiseres.
DON MARZIO A esta hora da manhã, é logo aqui que se discute o mundo?...
O café [Das Kaffehaus — nach Goldoni] de RW Fassbinder, Acto I, trad. Cláudia Fischer
Há quem goste de dizer que a performance tem inevitavelmente uma raiz patológica, que o performer, para se colocar no risco como se coloca, só pode ter uma mais ou menos doentia necessidade de aceitação sublimada num público — não passamos de uma cambada de pintas com uma hipersensibilidade para o simbólico que não nos permite satisfazermo-nos com o casamento pela igreja, o baptismo dos rebentos, os carnavais, os cruzamentos de passarelas que se multiplicam pelos passeios e pelos locais públicos, as procissões, os comícios, os festivais de verão, as praxes, as pistas das discotecas, as máquinas de karaoke. Pintas e burros, irra, porque escolhemos a mais exposta das vias.
É tonto. Como qualquer generalização. Mas então juntêmos dois bem mais interessantes grupos a esta caricatura do que é estar num palco. O da exploração, o da pulsão do confronto, muitas vezes consigo mesmo e em si mesmo, mas há quantos séculos se repete inutilmente "conhece-te a ti mesmo" —sim, é mais com isto que me identifico, confesso que o que oiço de bom entra, passeia um bocadinho e deixa um aroma doce que embala a vontade para equilibrar e dissecar o que de mau fica [ou, como muito bem sintetiza a minha Rita, "tu andas é a fazer psicodrama, e ainda te pagam para isso!..."].
E por fim, este grupo do Rufus. Aqueles em que tudo se pode misturar, mas o que se respira é o puro gozo, a simples ausência de medo. Quem diz que a performance é uma patologia, não pressente que ela pode simplesmente ser um piscar de olho ao medo, e que há pouca coisa mais patologizante do que do medo. E o fogo que sai dessa temeridade aquece e queima, como fogo que se preza. Se tenho alguma ambição profissional, é essa. E se um dia aí chegar, logo vejo quanto tempo me apetece ficar. Depois, abro um café.
The Akara - Beirut
[estou viciada neste disco. nos dois. ai.]
RIDOLFO O teu chefe é que determina o que aqui é inútil.
TRAPPOLO E o que é útil, Deus Nosso Senhor.
RIDOLFO E a tua opinião não passa de música de fundo.
TRAPPOLO Devo limpar as mesas pela segunda vez esta manhã?
RIDOLFO Deixa, uma vez chega.
TRAPPOLO Estava a brincar.
RIDOLFO Tomaste essa liberdade.
TRAPPOLO Para animar o ambiente, que está pesado.
RIDOLFO Sentiste que era teu dever.
TRAPPOLO Então não quer que as minhas piadas animem o ambiente?
RIDOLFO Faz como quiseres.
DON MARZIO A esta hora da manhã, é logo aqui que se discute o mundo?...
O café [Das Kaffehaus — nach Goldoni] de RW Fassbinder, Acto I, trad. Cláudia Fischer
Há quem goste de dizer que a performance tem inevitavelmente uma raiz patológica, que o performer, para se colocar no risco como se coloca, só pode ter uma mais ou menos doentia necessidade de aceitação sublimada num público — não passamos de uma cambada de pintas com uma hipersensibilidade para o simbólico que não nos permite satisfazermo-nos com o casamento pela igreja, o baptismo dos rebentos, os carnavais, os cruzamentos de passarelas que se multiplicam pelos passeios e pelos locais públicos, as procissões, os comícios, os festivais de verão, as praxes, as pistas das discotecas, as máquinas de karaoke. Pintas e burros, irra, porque escolhemos a mais exposta das vias.
É tonto. Como qualquer generalização. Mas então juntêmos dois bem mais interessantes grupos a esta caricatura do que é estar num palco. O da exploração, o da pulsão do confronto, muitas vezes consigo mesmo e em si mesmo, mas há quantos séculos se repete inutilmente "conhece-te a ti mesmo" —sim, é mais com isto que me identifico, confesso que o que oiço de bom entra, passeia um bocadinho e deixa um aroma doce que embala a vontade para equilibrar e dissecar o que de mau fica [ou, como muito bem sintetiza a minha Rita, "tu andas é a fazer psicodrama, e ainda te pagam para isso!..."].
E por fim, este grupo do Rufus. Aqueles em que tudo se pode misturar, mas o que se respira é o puro gozo, a simples ausência de medo. Quem diz que a performance é uma patologia, não pressente que ela pode simplesmente ser um piscar de olho ao medo, e que há pouca coisa mais patologizante do que do medo. E o fogo que sai dessa temeridade aquece e queima, como fogo que se preza. Se tenho alguma ambição profissional, é essa. E se um dia aí chegar, logo vejo quanto tempo me apetece ficar. Depois, abro um café.
The Akara - Beirut
[estou viciada neste disco. nos dois. ai.]
com o céu aberto
Porto, 24 de Fevereiro de 2009
Casa nova, por dois meses antes da casa. Casa casa, casa clara, de janelas largas abertas à luz. Casa com história e estórias e ar limpo. Sem big brother. Sem cinzento nas paredes. Voltei ao coração da cidade, que é onde estou bem. De janelas abertas. Sem o meu João. Sem gatos cá dentro, mas com os sons da selva felina lá fora.
[ai, as saudades que este vídeo me dá... este senhor é daqueles para tomar em doses regulares, e já passou mais de um ano sobre a última dose.]
segunda-feira, fevereiro 23, 2009
a arma da escolha — docinho
porque sim.
[para o meu mano Pedro, com um beijo de semi-despedida. é a arma e o alvo, a escolha. ;)]
[para o meu mano Pedro, com um beijo de semi-despedida. é a arma e o alvo, a escolha. ;)]
domingo, fevereiro 22, 2009
real people in venice
Foi a última noite. Amanhã despedimo-nos, esperando um reencontro no tabuleiro verde. Voltamos a Berlim, definitivamente, para só partir quando a lua cair no rio.
Venice - Beirut
A nova viagem já cá toca. E eu estou entre o choque e o encantamento electrónico, face a mais uma revelação de que a essência não está na pureza, está na mistura. Hoje durmo em Beirut, com o corpo ainda em Veneza.
Venice - Beirut
A nova viagem já cá toca. E eu estou entre o choque e o encantamento electrónico, face a mais uma revelação de que a essência não está na pureza, está na mistura. Hoje durmo em Beirut, com o corpo ainda em Veneza.
sábado, fevereiro 21, 2009
divergências significantes: a força [find the fish]
Há uma colecção de pacotes de açúcar que sob o lema de "inspira a tua diferença" traz várias combinações de animais simbólicos dos comportamentos humanos. A inevitável ovelha negra no meio das brancas, ou vice-versa, por exemplo. O da avestruz — entre umas poucas com a cabeça no local tradicional, o buraco, uma assente na sua verticalidade e de olhos abertos — costuma ser o meu eleito, mas ultimamente o meu coração balança, por outro que me tem vindo parar à mão com frequência. No meio de um grupo cinza-tubarão, lá vai um peixito aparentemente inofensivo, tranquilo. Não me parece que seja aquele docinho das profundezas que no final de Finding Nemo revelava afinal umas mandíbulas de pit bull. Não, é mesmo, apenas, um peixe. E eu ando mesmo exausta, para começar a encontrar o sentido da vida à volta do sagrado café e cigarro de fim de ensaio. E vá lá, não há nenhum pacote com aranhas.
Q & A - Ursula Rucker
be a risk taker, not a move maker... oh, you bet.
Q & A - Ursula Rucker
be a risk taker, not a move maker... oh, you bet.
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
pousar
ainda não. mais uns dias. a tosse resiliente, ameaça do riso, parasita. a noite com palavras bonitas, à falta da possibilidade dos olhos, adiados para um sábado que inesperadamente ganhou dia, ganhou tempo e uma tarde para respirar. para passar umas horas fora das paredes em que as horas param num longo, distentido dia. moro no 2.º esq., ou no camarim 8? mas pousarei. e logo, mais uma mudança — agora percebo que ainda não sei o andar — outra voz a partilhar o espaço, outros olhos, outro eu, outro tu. ainda não houve temporada aqui em que tenha ficado até ao fim do tempo no sítio do início. sempre inesperadamente, sempre ilustrativamente. Porto dos símbolos... a terra de oz sempre ao fundo do corredor, lágrimas e risos, entre lições e ilusões, croissants e finos, dentro e fora. fole. som. assim uma espécie de útero revolto. e sempre essa luz no fundo do corredor.
quarta-feira, fevereiro 18, 2009
ah... bon, han?... [ou Vou ter saudades de estar Placida]
É isso... a identidade. Seria o amor a dar-lhe a primeira folha, mas quantas vezes se escusa e lhe dá antes a primeira pedra. E é nele então que procuramos tocar esse caule, que resiste a quase tudo, mas só floresce em condições muito especiais. A identidade mais profunda. A que pode confiar ao ponto de deixar cair os muros sem medo de salteadores. A que por vezes finta Escher e se mostra a direito por um momento que a seguir se pode jurar não ter passado. Um momento largo que nunca existe realmente. A identidade, pois. Não está no nome. Está no ponto de abrigo de todas as mais belas fragilidades. Et a ça, ça sert, l'amour. Para nos dar coragem para ver. E eu ainda me lembro desse momento. No corpo e na alma.
Body and soul [remake take 3] - Thelonious Monk
Body and soul [remake take 3] - Thelonious Monk
valentim atrasado
Roubei ao meu c'rido MPR, que também o postou apenas quando lhe deu na real gana. Por razões dramatúrgicas, e porque me passeio toda entre Placida e Ferrante e sob os insultos de uma comunidade decrépita que não tem espelhos em casa [familiar, não?...], não podia resistir ao surripianço. Convosco, Billy and Adolf—a love story. Delicioso.
... à quoi ça sert, l'amour?...
... à quoi ça sert, l'amour?...
segunda-feira, fevereiro 16, 2009
divergências significantes: a arquitectura [agora enquanto eles vão todos lá fora fumar um cigarro...]
Uma pequena meditação. Oiço falar nos pilares do conceito de casamento, que agora parece que são três: monogamia, exogamia, géneros diferentes. E que não se pode retirar um dos três pilares. Ponto. É um tripé, portanto. Mas não são precisas muitas contas para perceber que com dois, qualquer plano se aguenta bem. Mas a plataforma começou, naturalmente, por ser sobre estacas, éramos um bocadinho básicos, enfim, e se recuarmos é um divertido percurso por acumulação pelos pilares sem os quais a família ia desabar: a figura do chefe de família; o divórcio; os filhos já não bastardos; as mulheres com automia cívica, empregos, direito ao voto, lugares de decisão e de saber; casamentos inter-raciais; ui, isto não acaba. Mesmo.
Palafitas. Andávamos em palafitas. Mas o nosso cérebro e as nossas mãos evoluíram, e cada vez eram precisos menos pilares para uma maior estabilidade. Era importante que algumas pessoas deitassem um olho ao que se tem conquistado na arquitectura moderna. Às vezes, um pilar basta. Às vezes, pilar nenhum. É uma questão de inteligência. E, senhores, se querem continuar a chamá-lO de aRquitecto, se de facto tiverem razão há-de ser apreciada a depuração das formas, a procura da essência. Ou não?...
O que falta a esta gente não são óstias, apesar do cristianismo lhes passar ao lado. O que lhes falta, independentemente dos graus académicos, é raciocínio. Filosofia. Ah, e um espelho.
Palafitas. Andávamos em palafitas. Mas o nosso cérebro e as nossas mãos evoluíram, e cada vez eram precisos menos pilares para uma maior estabilidade. Era importante que algumas pessoas deitassem um olho ao que se tem conquistado na arquitectura moderna. Às vezes, um pilar basta. Às vezes, pilar nenhum. É uma questão de inteligência. E, senhores, se querem continuar a chamá-lO de aRquitecto, se de facto tiverem razão há-de ser apreciada a depuração das formas, a procura da essência. Ou não?...
O que falta a esta gente não são óstias, apesar do cristianismo lhes passar ao lado. O que lhes falta, independentemente dos graus académicos, é raciocínio. Filosofia. Ah, e um espelho.
neste momento quero gritá-lo alto e bom som:
Eu amo o Rui Tavares! Do fundo do coração. Espero que o vídeo da intervenção no Prós e Contras a que acabo de assistir esteja na net, tipo, já.
Tornar parente a pessoa que se escolhe tornar parente. Sem o obstáculo do Estado a bem de umas pequenas consciências atoladas, enredemoinhadas nos seus argumentos indigentes. Escolher quem pode falar por si, tomar decisões, estar presente a cada momento. Quase que dou por mim a defender o casamento como instituição, para lá da escolha jurídica que deve assistir a quem paga o Estado, independentemente da orientação. O que me está a espantar é que os argumentos do Não esvaziam o casamento civil de tal modo, mais do que eu, que não tenho dificuldade nenhuma em compreender quem quer casar, nem me rala muito, que chego a pensar que são todos contra o casamento. É extraordinário, o círculo completo da verdade.
Agora o senhor Vaz Pinto acaba de comparar uma relação homossexual ao incesto e à poligamia. Bonito. Uniões, sim, sem adopção [mancas, portanto, alguém devia dizer a estes senhores que os homossexuais também têm sistema reprodutivo], casamento, não. Voltamos à cantiga do vrrnhiec!, enfim.
Estão todos vermelhos. Inquietos. Inseguros. Enervados. Muito muito sérios, estão a segurar os pilares desse edifício extraordinário que só eles vêem de pé. Graças a dEus. Acho que nem eles. Posso dizê-lo, este blog é meu, não tem objectivos. Sabem que mentem. Têm o cuzinho apertado, perdoem o palavreado. Sabem que são, em essência, derrotados. Nem que o código civil se quede imutável por mais cem anos.
Quantos deles viram o Milk no último fim-de-semana?...
Tornar parente a pessoa que se escolhe tornar parente. Sem o obstáculo do Estado a bem de umas pequenas consciências atoladas, enredemoinhadas nos seus argumentos indigentes. Escolher quem pode falar por si, tomar decisões, estar presente a cada momento. Quase que dou por mim a defender o casamento como instituição, para lá da escolha jurídica que deve assistir a quem paga o Estado, independentemente da orientação. O que me está a espantar é que os argumentos do Não esvaziam o casamento civil de tal modo, mais do que eu, que não tenho dificuldade nenhuma em compreender quem quer casar, nem me rala muito, que chego a pensar que são todos contra o casamento. É extraordinário, o círculo completo da verdade.
Agora o senhor Vaz Pinto acaba de comparar uma relação homossexual ao incesto e à poligamia. Bonito. Uniões, sim, sem adopção [mancas, portanto, alguém devia dizer a estes senhores que os homossexuais também têm sistema reprodutivo], casamento, não. Voltamos à cantiga do vrrnhiec!, enfim.
Estão todos vermelhos. Inquietos. Inseguros. Enervados. Muito muito sérios, estão a segurar os pilares desse edifício extraordinário que só eles vêem de pé. Graças a dEus. Acho que nem eles. Posso dizê-lo, este blog é meu, não tem objectivos. Sabem que mentem. Têm o cuzinho apertado, perdoem o palavreado. Sabem que são, em essência, derrotados. Nem que o código civil se quede imutável por mais cem anos.
Quantos deles viram o Milk no último fim-de-semana?...
far from heaven [but close to home]
folga sem descanso. mas em casa. vá. umas compensam as outras. e a gravidade puxa-me para sul. novamente.
[o que é realmente divertido é que ainda não consigo parar de tossir, os meus pulmões ainda lançam murmúrios em muitas inspirações, a narina direita já só canta em tons de vermelho, e daqui a dez horas começo uma manhã de aulas de voz. muito bom. momento para a estratégia frei tomás, façam o que ele diz... e dêem-lhe um mata-bicho.]
[o que é realmente divertido é que ainda não consigo parar de tossir, os meus pulmões ainda lançam murmúrios em muitas inspirações, a narina direita já só canta em tons de vermelho, e daqui a dez horas começo uma manhã de aulas de voz. muito bom. momento para a estratégia frei tomás, façam o que ele diz... e dêem-lhe um mata-bicho.]
domingo, fevereiro 15, 2009
das marionettentheatre [assalto à mão aberta]
Intervention - The Arcade Fire
e ela disse:
há alguma coisa assim tão extraordinária e fascinante no vosso umbigo, além do cotão?
e ele disse:
não. para lá do desassossego, não. nisso não é muito diferente do vosso.
e ela riu-se. e logo de seguida, tossiu. involuntariamente.
[para o L., um beijo com juros indexados à euribor]
sábado, fevereiro 14, 2009
o poder
É sempre ainda recorrentemente o mesmo. É, parece que dá tusa. Pois. Que expulsa o vazio. Sim, sim. Que traz um sentido ao sentido nenhum. Ai é? Mas o que é que não bate certo em mim, então? Se nenhum poder me insufla o peito sobre um pedestal? Ou se o insufla, dele rapidamente me piro, do desconforto do perímetro reduzido, do frio do mármore a penetrar-me os pés. É que eu adoro sentir tusa. No entanto, o poder... É que também eu encho dia-a-dia os meus vazios, mas primeiro olho-os bem, para não os encher de lixo. Mas o poder... É que talvez há muito tenha deixado de buscar sentidos onde não os há, e aí talvez tenha achado um sentido. Aliás... porque se chama sentido, quando aquilo de que quase todos falam quando procuram o peixe, é de uma meta? Uma contradição em termos. Mais uma...
Talvez por isto tudo, e porque o herói leva sempre uma pilinha em cada mão, quando surge a palavra "poder", acabo sempre a pensar, "maneira estranha de dizer os efes..."
Poder - José Mário Branco
Talvez por isto tudo, e porque o herói leva sempre uma pilinha em cada mão, quando surge a palavra "poder", acabo sempre a pensar, "maneira estranha de dizer os efes..."
Poder - José Mário Branco
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
balanço e contas [embora a produção ainda esteja a bombar]
Se o ranho tivesse cotação na bolsa era eu quem salvava o BPN.
Até ao fim da semana, quem se deslocar ao TNSJ ainda vai poder ver como se pode fazer teatro do bom num sanatório. Espera-se que na semana seguinte regresse o elenco do teatro nacional. É clássico: num teatro, pior que os vírus, só as pulgas. Hoje saíu-nos tudo do pêlo. E dos pulmões. E foi uma senhora noite.
[aqui está um espectáculo que eu, cem anos que dure —hope not—, nunca me esquecerei de ter feito]
Até ao fim da semana, quem se deslocar ao TNSJ ainda vai poder ver como se pode fazer teatro do bom num sanatório. Espera-se que na semana seguinte regresse o elenco do teatro nacional. É clássico: num teatro, pior que os vírus, só as pulgas. Hoje saíu-nos tudo do pêlo. E dos pulmões. E foi uma senhora noite.
[aqui está um espectáculo que eu, cem anos que dure —hope not—, nunca me esquecerei de ter feito]
a propósito de Deleuze.
também eu sei bem o que é isso de ser apanhado nos sonhos dos outros. sei-o na pele.
quinta-feira, fevereiro 12, 2009
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
double or nothing
Os primeiros dias da semana são sempre particulares, não necessariamente maus, mas mais propensos a acidentes, chamêmo-lhes assim. Basta um dia de pausa, e a coisa parece que desafina ligeiramente, exige toda a nossa atenção, expulsa, por ameaçadora, qualquer mecanização. Por isso mesmo não são necessariamente maus. Hoje foi um exemplo disso.
Já entrámos na fase esquizóide de "um dia, duas peças", vá lá, é tudo alemão e há, realmente, uma matéria qualquer, um cheiro, que é comum. O cansaço, que ainda não está instalado, já sopra com o som daquele vento que só há poucas horas se aquietou finalmente. A Lili em viagens-relâmpago a Lisboa [know the feeling...], outros com carradas de texto para amanhar durante a tarde, outros ainda, espanto dos espantos, têm vidas para além da porta, filhos, pais, gatos, amigos, e começam a sentir que longe de chegarem para tudo, não chegam para nada. Uma plateia cheia de canalhada, o que é porta aberta para o sucesso total ou a lavajice total. Um espectáculo completamente exposto, onde qualquer imprevisto tem de ser integrado e acarinhado [bem o sentimos na primeira noite de Viseu, há uns meses...]. Uma moeda indisciplinada que salta de um bolso para a plateia e exige reacção na ponta da unha — e reacção bonita, nos tempos, nas decisões, na maneira como foi parte da récita.
E eu, com os ouvidos tapados e voz de [aham, perdoem-me, estou no Porto] cona, lancei-me num seja o que Baal quiser, vamos lá despachar isto. A voz forçou-se a subir ligeiramente, defendeu-se, mas só até sentir plenamente o centro. Aí já se deu a alguns luxos, consciente da fronteira do abismo. O riso, jesus, o riso era o pesadelo, sempre a acordar os impulsos da tosse funda, a fazer comichão por dentro. Também eu estava ligeiramente desafinada. E isso obrigou-me a nunca entregar o jogo. Mas a cena é um mistério, realmente. Porque tirando pequenos abismos claros, pequenas emergências que obrigaram ao recurso à cartilha-base, cada passo para entrar no tabuleiro de jogo fazia desaparecer o pingo no nariz, o cansaço físico, o desequilíbrio de eustáquio. A técnica são os paramédicos. Pede-se que venha depressa e desapareça ainda mais depressa.
Diz-me o meu querido Motinha, à volta de um cachorro, que achou que este espectáculo foi especial para mim. Que foi particularmente bom. Que a juke box final foi provavelmente a melhor que eu já fiz. A juke box. Em que eu nem pausas me permitia enquanto não percebi no sangue o que ali estava. O caminho que ela já andou. Hoje eu sei que foi especial. E sei porquê. E ainda me dói. I'm playing double or nothing. Wouldn't do it any other way. E aos meus pés o meu duplo deixou hoje uma dama de ouros.
Já entrámos na fase esquizóide de "um dia, duas peças", vá lá, é tudo alemão e há, realmente, uma matéria qualquer, um cheiro, que é comum. O cansaço, que ainda não está instalado, já sopra com o som daquele vento que só há poucas horas se aquietou finalmente. A Lili em viagens-relâmpago a Lisboa [know the feeling...], outros com carradas de texto para amanhar durante a tarde, outros ainda, espanto dos espantos, têm vidas para além da porta, filhos, pais, gatos, amigos, e começam a sentir que longe de chegarem para tudo, não chegam para nada. Uma plateia cheia de canalhada, o que é porta aberta para o sucesso total ou a lavajice total. Um espectáculo completamente exposto, onde qualquer imprevisto tem de ser integrado e acarinhado [bem o sentimos na primeira noite de Viseu, há uns meses...]. Uma moeda indisciplinada que salta de um bolso para a plateia e exige reacção na ponta da unha — e reacção bonita, nos tempos, nas decisões, na maneira como foi parte da récita.
E eu, com os ouvidos tapados e voz de [aham, perdoem-me, estou no Porto] cona, lancei-me num seja o que Baal quiser, vamos lá despachar isto. A voz forçou-se a subir ligeiramente, defendeu-se, mas só até sentir plenamente o centro. Aí já se deu a alguns luxos, consciente da fronteira do abismo. O riso, jesus, o riso era o pesadelo, sempre a acordar os impulsos da tosse funda, a fazer comichão por dentro. Também eu estava ligeiramente desafinada. E isso obrigou-me a nunca entregar o jogo. Mas a cena é um mistério, realmente. Porque tirando pequenos abismos claros, pequenas emergências que obrigaram ao recurso à cartilha-base, cada passo para entrar no tabuleiro de jogo fazia desaparecer o pingo no nariz, o cansaço físico, o desequilíbrio de eustáquio. A técnica são os paramédicos. Pede-se que venha depressa e desapareça ainda mais depressa.
Diz-me o meu querido Motinha, à volta de um cachorro, que achou que este espectáculo foi especial para mim. Que foi particularmente bom. Que a juke box final foi provavelmente a melhor que eu já fiz. A juke box. Em que eu nem pausas me permitia enquanto não percebi no sangue o que ali estava. O caminho que ela já andou. Hoje eu sei que foi especial. E sei porquê. E ainda me dói. I'm playing double or nothing. Wouldn't do it any other way. E aos meus pés o meu duplo deixou hoje uma dama de ouros.
segunda-feira, fevereiro 09, 2009
much much much
Foi aqui que o ouvi pela primeira vez. Tinseltown Rebellion. Ainda hei-de descobrir esse cd, já que a cassete de crómio já era — produção oficialmente descontinuada no dia do meu trigésimo primeiro aniversário. Oh yeah, she was a fine girl.
[são mesmo posts de molho, estes, jejeje...]
é mesmo para estes dias que estes testes servem...
Grau de tripeirice, avaliado AQUI. E que espanto, a minha tripeirice agarra-se-me à pele. Já tive, durante meses, vista para o Batalha, se eu sei o que quer dizer "vai no Batalha", olá se sei. Esta cidade já me viu de todas as formas feitios, com repas, sem repas, com espinhas e sem elas, e não é por qualquer fino que dou por mim ourada, sobretudo se tiver acabado de comer umas iscas na Filha da Mãe Preta — ou a sagrada francesinha no Santiago. Entre molétes para a boca e pisaduras na carne, eu e o Porto estamos agarrados por um pequenino, subtil, escondido loquete. Murcão e teimoso como o cinza do chão, como o cinza do ar, como esta chuva que não desiste. Como eu, que aqui resisto.
Foz, 7 de Fevereiro de 2009
Tripeiro nato
Você é uma mulher do Norte! Não há nada que lhe escape: que ninguém pense em abordá-la com falinhas mansas sem um cimbalino e uma francesinha na mão! Para si, tudo o que não esteja num raio de cinco quilómetros à volta da Torre dos Clérigos é paisagem. Aprovada com distinção neste teste de Portualidade já pode ir contando com um convite para ser a rainha da noite de S. João.
Foz, 7 de Fevereiro de 2009
Tripeiro nato
Você é uma mulher do Norte! Não há nada que lhe escape: que ninguém pense em abordá-la com falinhas mansas sem um cimbalino e uma francesinha na mão! Para si, tudo o que não esteja num raio de cinco quilómetros à volta da Torre dos Clérigos é paisagem. Aprovada com distinção neste teste de Portualidade já pode ir contando com um convite para ser a rainha da noite de S. João.
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