quarta-feira, janeiro 07, 2009

et in saecula saeculorum.




Fui matar saudades do meu mano Possante [como se elas se matassem assim...] e recebo de prenda este momento. Nas suas próprias palavras, "o maior Olisipo de sempre" [pois, em 2001 em São Bento da Vitória éramos seis e já era bué da people] no último festival de São Roque — por falar nisso, já reabriu o museu, parece que vale a pena. A música é daquela de fazer sangrar os ouvidos nos ensaios de leitura, e depois é tão perfeita que nunca mais se esquece: a fuga final do Dixit Dominus de G.F.Händel. A primeira obra que me pôs seriamente a questionar o meu ateísmo: é bela demais, perfeita demais, parece não-criada, parece revelada.


Registe-se que os questionamentos continuam vivos. E o ateísmo também. Porque depois mergulhei em Bach para não mais sair, e não havendo perfeição maior, não há também uma proporção que não seja sanguínea, encarnada, humana. Só um mortal poderia traduzi-la. Dixit Dominus Domino meo.

1 comentário:

Rodrigues disse...

Esta fuga é uma pedra. Tenho saudades de cantar isto.

Ena, tantos Olisipos! :P


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latonat