Toma, é Shakespeare. Assim, por empréstimo, acabei por finalmente ver o último Scorcese, que me tinha passado ao lado. E é certo, Shakespeare está todo lá, num filme que se comporta como se fosse mercúrio, aglomerando redondas gotas que vão formando o líquido espesso, ágil e pesado. Por vezes parece sangue. Mas não. É vermelho-mercúrio. Pesadas serão, mas são sobretudo belas as coroas de autores como este.
5 comentários:
Adorei o filme, adorei o elenco e as interpretaçoes magníficas. Que bom é ver o Jack Nicholson com idade de avozinho a ser de novo deslumbrante, e assustador. Nao sei como se chamou em Portugal, aqui chamaram-lhe "Infiltrados", e perdeu-se o maravilhoso título que parece ninguém teve coragem de traduzir à letra. Porque é sobre eles o filme, os defuntos.
É um grande filme, mas dentro do que o Scorcese já fez, não está no meu top5. É curioso que tenha sido aqui que, finalmente, foi coroado pela Academia...
Aqui chama-se Entre Inimigos, que está na onda da tradução espanhola. Somos os ases da negação, ó K. ;)
MPR, eu de tops não sei. Sei que este senhor é responsável por um dos filmes da minha vida, A Idade da Inocência, e que tenho uma imortal paixão adolescente pelo Mean Streets. Mas este filme, jesus, este filme é uma absoluta obra-prima.
Arrisco-me a dizer que haverá pouquíssimos filmes com um elenco tao forte e tao bem escolhido.
"Entre Inimigos" parece-me um bom título para um filme série B do Bruce Willis. Esta história chama-se "Os Defuntos", e agora fiquei com vontade de acabar o dia de trabalho mais cedo e ir para casa rever o filme! :)
quanto aos títulos, "C'est toujoures la même chanson", raios!, rien a faire!
quanto ao resto, I pass, your honor!, nada a acrescentar.
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