A perda que há na escolha é uma ilusão. Tão grande como a ilusão de que ao não escolher não se perde. O ganho, por sua vez, não passa de uma miragem que só quem escolhe pode materializar. Para eventualmente matar a sede. Não há oásis, nem tamareiras, nem dromedários, nem odaliscas. Areia e sal e a luz reflectida em tudo, criando as formas que precisamos de ver para não perdermos a vontade de sobreviver. E que nem por isso são mais reais. Nem menos.
Chott el-Jerid (o deserto de sal, casa de todas as miragens)
Tunísia, 11 de Setembro de 2006
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