sexta-feira, janeiro 04, 2008

os brindes do fim do ano, em positivo

Uma das catástrofes da minha vida durante este ano, atrever-me-ia a dizer que a maior das catástrofes, foi entre mudanças internas e externas ter perdido de vista uma case logic cheia de alguns dos cd's que me são mais queridos. A sério, tinha o coração apertadinho de nostalgia e de perda. Penitenciei-me diariamente por não ter feito cem revistas ao território abandonado na torre Foco na Boavista, onde imaginava perdidos e destratados os acólitos do sargento pimenta, a voz juvenil da Joni Mitchell, a Maria Schneider, o Coltrane e o Hartman, mestre Cohen, as noites passadas, a Elis explodindo música em Montreaux, os poros suados do Marvin Gaye. E eis que alguém da sala diz, como se nada fosse, pouco depois do pôr-do-sol do dia 365 de 2007, ó Joana, por acaso não será teu este estojo de cd's que ficou aqui no ano passado? Hã???!!!!!! Depois do luto feito, o messias ressuscita-me assim ao tricentésimo sexagésimo quinto dia, libertando em mim uma alegria estupidamente infantil, traduzida numa perseguição entre sala, cozinha e atelier, que ainda há gente maldosa capaz de fazer uma criança faminta correr desesperadamente atrás de um chupa-chupa tutti-frutti. Ele há amigos sem coração... moram nele, mas são capazes de o arrancar à dentada, caraças! :)

Brinde segundo, apesar das maleitas próprias da idade, e de não ter tido um ano propriamente fácil, a Thara está linda, gorda e feliz como sempre. E a Norah é uma gata magnífica, a Ella continua a ser uma peste endemoinhada - e o meu mindinho que o diga, o Pintas envelhece bem e adocica de ano para ano. E a Índia, mercê talvez das felinas companhias, descobriu que ser gato é bem divertido, sobretudo se implicar esparramar aquele corpanzil negro e compacto em cima de mim e do sofá.


Thara vista pelo seu tio InKoGniTu, num dia de sol

Alguns rostos faltaram, mas as pedras basilares lá estavam. E o nascer do sol... acho que até hoje foi o mais bonito que vi acordar o vale.

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