É o que António Durães diz que foi fazer a Coimbra. Em dívida para com o TEUC que em tempos lhe ofereceu o Despertar da Primavera de Ricardo Pais e o Auto da Índia de Rogério de Carvalho, retribui agora no passar do ano 70 da companhia, com a sua Cantora Careca.
Diz o próprio que se lança com Ionesco num teatro de surdos, (dos que não ouvem), para um teatro de mudos (porque não pensam). Um teatro estranho que se entranha, porque tantas vezes despido de qualquer possibilidade psicológica, é já só ritmo e som, como uma canção escanzelada.
Que não temos.
(...)
Na Cantora Careca, não há lutas de classe para invocar, nem fantasmas ideológicos para desenterrar. Do que se fala é de incomunicação.
Terreno rico para os movimentos ágeis do olhar e da sensibilidade inteligente do António Durães. Pressinto eu, do muito e pouco que sou feliz por conhecer. Estreia amanhã (ou seja, hoje, dia 10), no Teatro de Bolso que se aloja na Associação Académica de Coimbra, fica só até sábado e não consta que venha a viajar. Portanto, quem não quiser perder a viagem...
quinta-feira, janeiro 10, 2008
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