sábado, janeiro 26, 2008

lançado

É o que sinto quando oiço as primeiras frases de um espectáculo, creio que é o que todos nós sentimos, mais ou menos conscientemente, está lançado, não há volta, só há caminho para a frente. Estamos cá fora, parimos. Intensamente, mas sem dor. Fizémos rir, gargalhar, calar, pensar, sentir. O café está lançado. Durante um mês, não há volta. Estamos todos lá, não há uma unha do pé de um maquinista que esteja de fora. Uma vitória que vale bem mais do que seis sequins.

E falando em Vitória, aqui fica a sua canção. Não faz parte do espectáculo, mas faz parte da minha cabeça e do meu corpo, onde ela mexe. Instalou-se na semana passada, sem pedir autorização, e eu nem sou de escolher canções para personagens nem coisas do género. Portanto, se se instalou é porque tinha de ser. Alguém me disse antes de começarem estes ensaios, "para mim, trabalhar com o Corsetti foi uma epifania". Sim, é noite de estreia, creio que estou com um grãozito na asa, apesar das coca-colas. Mas não posso de forma nenhuma dizer o contrário. Uma epifania, uma revelação, uma alegria, uma tortura, uma felicidade que não tem preço de cachet. Um pouco como era cada canção na voz deste senhor que vos deixo. Grace.

Grace
Grace.m4a
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