sábado, novembro 03, 2007

consumatum est e oeste

Quatro meses de hotel que se avizinham exigem um malão, o inverno pede encarecidamente que ultrapasse as minhas alergias a expositores de roupa, provadores e filas para caixas registadoras, o boguinhas pede para andar... bom, coragem mulher, e "amanda-te" para o espaço schungen do Colombo.

É assustador, deveras... e ou eu tenho um problema gravíssimo de hipersensibilidade [muito provável, na verdade], ou de facto há toda uma espécie animal que é ali criada em cativeiro. Que deve estranhar quando inala oxigénio produzido pelos tradicionais e ultrapassados mecanismos da fotossíntese. Ou quando ouve o silêncio. Que encontra o sentido da vida no ATM. Que se auto-reproduz entre a praça do Continente e a rua de Guadalupe.

O sol do outono estava radioso lá fora. E as filas para pagar ao som da música altíssima, brutíssima, embrutecedora, cresciam continuamente, opressivamente. Eu não fui feita para isto, de facto. Vendas por catálogo, pá, rende-te mas é às vendas por catálogo. Ou então aprende a costurar, de uma vez por todas...

4 comentários:

K. disse...

Como te entendo... aqui pelo menos o comércio é nas ruas (e que ruas!)... mas também já me rendi à evidência da compra pela net, pelo menos naquilo que nao é forçosamente necessário provar a roupa...

Boa Lingua disse...

Quem mandou? Qem não te avisou? Com amigos com casas de campo tão jeitosas onde até se apanhou sol em fato de banho logo pela manhã...
Quem mandou ser masoquista urbano-decadente?
P.S. - E isto tudo só para te dizer que vou ter saudades tuas... Vai lá ao Norte e despacha-te que aquilo lá é um horror!

Manel disse...

:) E eu tuas. Beijo.

polegar disse...

como te compreendo... dá tanto engulho...