Décadas e décadas de atraso. Talvez noutro dia conseguisse alongar-me um pouco sobre o assunto, hoje não sou capaz, confesso. A designação do que está em causa é explícita demais, não necessita de explicação: mutilação genital feminina. Acontece todos os dias na Europa, e não há relativismo cultural que justifique a sua continuação. A petição que espera a vossa assinatura deixa bem claro o que exigimos, porque temos o direito e o dever de o exigir:
1. tolerância-zero na Europa, com a criação de leis claras e inequívocas banindo a prática;
2. pressão económica sobre os países onde esta prática abjecta é legal;
3. trazer o assunto para a proa das agendas das conferências e cimeiras com países africanos;
4. financiamento do trabalho de ONG's empenhadas na solução deste problema, na Europa e em África;
5. criação e financiamento de campanhas e acções de educação e de despertar de consciências;
6. aceitar a ameaça de mutilação como razão para a atribuição do estatudo de refugiado.
No site da petição encontrarão ainda o linque para um vídeo. Se forem impressionáveis, não o vejam, mesmo! É duro demais. Eu não consegui chegar ao fim, e costumo ter resistência para estas coisas. Mas se calhar não é mau aguentar uns segundos daquele terror inqualificável; pode ajudar a decidir se vale a pena, com uma assinatura, contribuir para o fim de tamanha iniquidade. Penso que, mesmo para quem não tiver um clítoris, ficará bem claro por que razão é tremendo o nosso silêncio.
domingo, novembro 18, 2007
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5 comentários:
Eu costumo aguentar tudo. Não consegui ver mais que uns 10 segundos...
pq xerá k um clitoris continua algo axim tão perturbador (ou ameaxador...?) pra algumas culturas (d merda), pra xe torturar e violentar um ser humano dakela maneira...?
kem cortaxe a pila ao cabrão k tava a cortar a menina ganhava o premio nobel da paz. k bestas...
xer mulher às vexes é difixil, mas nasxer mulher em algumas partes do mundo é a pior coixa k nos pode acontexer...
Repulsivo... Nem com os animais se é tão violento...
Tocam-me as vossas reacções. Se calhar algumas pessoas, que não nós, andam a precisar deste tipo de terapia de choque. Mostremos claramente do que é que se fala, a ver que argumentos são possíveis.
Nem com os animais, mpr, nem com os animais...
[...]
nem por acaso, no providencial itunes, a ursulla rucker sussurra "until you walk run fight a mile in her shoes, don't you dare stand in front of me and tell me what a woman must do"...
Sabes, no entanto, o que realmente me choca...
É, o facto de, algumas daquelas mulheres acharem pura e simplesmente inconcebível não o fazerem.
Não consegui ver o vídeo.
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