E pronto, já falta pouco para me exilar por quatro meses, os piores do ano para trocar a luz de Lisboa pelo cinza do Porto. Mas assim como assim hão-de fechar-nos a porta da sanzala, e se é para passar horas sem fim de exploração e construção, que o seja na Sala Branca dos meus medos e das minhas conquistas. A despedida de casa será em grande, com missa celebrada no Coliseu pelo Gay Messiah. Mas há pouco na bilheteira até me engasguei na hóstia: 30 euros o bilhete, o dobro do que dei há dois anos para render homenagem ao mesmo celebrante no Coliseu do Porto. Irrrrra! Desta vez há cadeiras na plateia, está tudo com um ar mais bem-posto, estou para ver se temos direito a chapéus de bruxa e encores em cuecas e faixas de Mr Lisboa. Mas a inflação, carago... agora percebo melhor outras actualizações, como a do cromo que entre Passos Manuel e a Cordoaria costuma pedir "emprestas-me um euro?". Há uma semana, à beira dos Clérigos, chegou-se ao pé de mim e pediu já um empréstimo de dois, e alguém me disse que já o tinha ouvido cravar cinco euros. Deve andar de acordo com o psi20. Ou com a euribor...
1 comentário:
4 meses...? hum, com um pouquinho de sorte cruzamo-nos por lá. ou então eu vou e tu voltas...
ai a vida e os desencontros
(solta a música, aparece o Henrique Mendes "um abraço neste ponto de encontrooooo")
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