não sabe se lhe apetece.
o cinza espreita de um lado, do lado outro a luz ainda arroxeante, a colina iluminada por trás, recortada.
e o lugar nunca foi tão presente
ou as mãos tão quentes
e ela não sabe se lhe apetece.
não prende, não presa
há uma cova ainda só sua
um espaço vazio, um buraco negro uma rochosa antimatéria.
mais tem de generoso que de voraz pois se por respeito à vida recusa o sugar esperado
e lacrimeja.
não sabe se lhe apetece o calor.
o outono parece bem-vindo e traz em si o dedo apontado e dorido
— é tua a culpa do frio que eu sinto.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
2 comentários:
às vezes revejo-me nas cenas k escreves...
eu às vezes também... ;)
Enviar um comentário