[Uma história policial] mantém de certo modo presente o facto de a própria civilização ser o mais sensacional dos desvios e a mais romântica das rebeldias. Num romance policial, quando o detective, de uma forma um tanto estupidamente temerária, se vê sozinho perante facas e punhos no covil dos bandidos, isso serve certamente para nos fazer lembrar que é o agente da justiça social que constitui a figura original e poética, enquanto os ladrões e assaltantes são apenas velhos e plácidos conservadores cósmicos, felizes na respeitabilidade imemorial de macacos e lobos. [O romance policial] baseia-se no facto de a moral ser a mais negra e ousada das conspirações.
G.K. Chesterton, A defense of Detective Stories [trad. Luís Leitão]
terça-feira, setembro 01, 2009
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