domingo, abril 05, 2009

[dei-me bem. mas o importante para a lição (se é que há uma) não foi o ter-me dado bem. foram mesmo os 1715 km.]

Essas pessoas existem. as pessoas que não dão trabalho. com quem tudo é simples. com as quais estar numa relação não é ser um entertainer, as pessoas que aproveitam tudo o que tu tens para dar, que não desperdiçam nada, que ainda te ensinam a dar mais e a receber mais e melhor, que se abrem e te fazem abrir, que não te querem aos pedaços, só o corpo, só a cabeça, que te amam como um todo, essas pessoas existem e não são para toda a gente.

essas pessoas estão reservadas para as pessoas que amam como tu.

de braços abertos.







alguém, há dois dias, escreveu isto para mim. alguém que sabe que não ser ninguém é muito mais difícil do que ser o que é. alguém com todos os sentidos de sentinela, sem hierarquia. alguém que aterrou há pouco tempo na minha vida — a brincar a brincar, já lá vão uns meses largos —, mas que parece ter tido sempre nela um lugar reservado. um lugar que estava vazio, portanto. alguém que não precisa que eu lhe diga para que serve o amor. 1715 km já o fizeram.


[obrigada, puto.]

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