Estou a adorar conhecer estes pequenos pormenores do famoso plano Baixa-Chiado que tanta água fez correr debaixo da ponte podre que não havia maneira de cair. O parque de estacionamento nos subterrâneos do Terreiro do Paço é uma ideia genial, deveras. Como se viu pela celeridade da obra do metropolitano no mesmo local [já temos metro em Santa Apolónia, não já?], e como qualquer patego pode deduzir se pensar que aquela merda toda está assente em estacas e a tendência ambiental não augura um relacionamento especialmente harmonioso com as águas, é óbvio que aquilo de que Lisboa precisa é de um parque subterrâneo no Terreiro do Paço.
Também precisa, diz-nos a experiência que aconselha muita e ceguinha confiança nos salvadores do município, de um túnel rodoviário chamado, comovei-vos, ó cidade de poetas, Via das Colinas, oram digam lá que não é lindo. Eu, como já por alturas das armas do Saddam me revelei uma verdadeira Cassandra, passo directamente ao fim do filme: hélas, as obras no subsolo do Jardim da Estrela destruíram as raízes centenárias, e uma árvore de raízes podres é um perigo público, quem duvidar que olhe para os Paços do Concelho. A solução é simples: abate-se. Pois se na primavera andamos todos de nariz vermelho graças aos pólens, nem se perde muito. E ganha-se ali um espaço precioso para fazer um precioso conomínio de luxo, Jardins da Estrela, que tal?
Ali entre a Basílica e o metro do Rato, nem brinquem, vai render um dinheirão. Não sei a quem. Mas vai.
segunda-feira, julho 09, 2007
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