... são tantas vezes estatais, oficiais, institucionais. Hoje a biologia foi rainha. Ver uma criança de seis anos berrar e espernear enquanto em público a arrancam aos pais que a criaram desde os dezassete meses, porque um tribunal decidiu que a biologia é soberana e a mãe biológica pode voltar com ela para a Rússia apenas porque lhe apetece, deixa-me com vontade de arrancar os olhos a alguém.
Mesmo que fosse esta a decisão final, alguém me explica onde está o interesse da criança na violência deste circo? Onde está a preparação para o choque de ser arrancada do seu ambiente familiar como se fosse uma planta que se tira de um vaso e se envia em encomenda aérea para uma casa a milhares de quilómetros de distância? É preciso ter negado totalmente a infância para não recordar os terrores internos que uma situação destas pode provocar num ser de seis anos. É preciso ser muito pequeno. Não há desculpa para esta violência. A justiça foi criminosa. Mas não há assistente social que a possa impedir de tomar decisões arbitrárias quanto à felicidade alheia. Afinal sempre há alguma coisa que se sobrepõe à biologia.
Fiquei enjoada com isto. Trocam-se duas letras e dá enojada.
segunda-feira, maio 18, 2009
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3 comentários:
Mas está tudo segundo a ordem natural das coisas, além da senhora ter parido a menina não costa que seja, por exemplo, lésbica.
Se a miúda, por acaso, for negligenciada pela mãe existem na Rússia bastantes redes privadas que se interessam por crianças...
Agora vou-me embora que já me doem os olhos (para a próxima trago uma lanterna...)
seeempre a reclamar...
vá, eu prometo que vou pensar no teu caso. :)
E o k é k o facto d ser lésbica ou deixar d o ser tem a ver c laços afectivos interrompidos, c a ausência d referencias, c sentimento d abandono?...E ker aki ker na Rússia n há nd pior do k uma criança "institucionalizada", caso a mãe biológica volte a negligenciar (ou agredir) a criança...mais uma vez N foi ouvido o interesse da criança...Sim mete nojo...
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