sexta-feira, março 20, 2009

berlim, 9 de Janeiro de 1919 — ich bin kein berliner

Janeiro começa com a Rosa Vermelha atrevendo-se ainda no Tierpark. Com os jornais ocupados. Com a artilharia pelas ruas e os rolar dos canhões. E dentro de portas discute-se as posses. Os cestos tornados carrinhos de bebé, o proletário arrivista que continua a ser um bem de consumo sem que o perceba, a mulher que pertence a alguém, a um ou a outro ou aos pais ou ao cordão que se soltou, enquanto cá fora se morre entre a escória da sociedade, a pequena fauna carne para açougueiro, que já desistiu e nunca consegue realmente desistir. Discute-se uma cama fofa, branca e larga. Spartacus tem o destino escrito.


E nós? Encharcados de bagaço até às entranhas, atafulhados de conversa até à medula e de navalhas na mão? De quem são elas, afinal?







Tambores na Noite
de
Bertolt Brecht
tradução
Claudia J. Fischer
encenação e cenografia
Nuno Carinhas
interpretação
Emília Silvestre, Fernando Moreira, Joana Manuel, João Castro, Jorge Mota, José Eduardo Silva, Luís Araújo, Marta Freitas, Paulo Freixinho, Pedro Almendra, Pedro Frias, Sara Carinhas e Pedro Jorge Ribeiro
figurinos
Bernardo Monteiro
desenho de luz
Rui Simão
desenho de som
Joel Azevedo
preparação vocal e elocução
João Henriques
colaboração musical
António Sérgio
produção
TNSJ

de 20 de Março a 26 de Abril, Teatro Nacional de São João, Porto



... toda a merda é bem-vinda, como sempre. Mais info AQUI. E AQUI, já agora.

3 comentários:

Rodrigues disse...

Aqui vai merda para ti! ;)



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qualab

Rodrigues disse...

E para todos os outros!
(Mas mais para ti.)


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pressa

Manel disse...

pressa é bem. :p

beijo! :)