segunda-feira, março 26, 2007

"Devo à providência a graça de ser pobre."
A.O.Salazar


E ainda há quem te agradeça, ó velho danado, a generosidade torturadora com que partilhaste a tua miséria humana, política, económica, filosófica, moral, cultural, cega e repressiva connosco.


...

Não mandei uma única sms para porra nenhuma de concurso nenhum. E fiz bem. Pois assim resta-me a convicção de que não votou a maioria daqueles que pensam. Ou seja, de que são muitos aqueles que esperam mais de um país do que um prato de bolor venenoso apresentado na ementa como ambrósia. Ou será que já não tens um pé numa galera, Portugal, e outro no fundo do mar, mas antes um coto enterrado numa frigideira no Tarrafal e outro debaixo da saia do bispo, um punho no lápis azul e outro no queixo partido de um democrata?

7 comentários:

Unknown disse...

Há duas coisas contraditórias:
1-Um concurso de televisão é só um concurso de televisão. Não pode servir como bitola para medir todo um país - na prática é o que tu dizes.

2-Se uma televisão pode parir um primeiro ministro (Berlusconi e em certa medida o próprio Sócrates), nenhuma televisão é "só" uma televisão.

Há dias em que acordo mais 1 e outros em que acordo mais 2.
;)

Manel disse...

Donde se conclui que devia ter ganho o Pessoa... sempre o último da lista naqueles medidores de parcelas de grandeza apresentados nos gráficos. Não sabia se havia de rir ou chorar...

Aldina Duarte disse...

Só vi uma vez o concurso, acabo de saber quem ganhou, e creio que a televisão pública acabou de meter a cabeça na poça!

Até sempre

MPR disse...

A Eurosondagem fez um estudo para a RTP. Em vez de 41% o Salazar teve 6,6%. Que o acham o melhor português de sempre... não é bom... é o melhor. Quantos o apoiariam hoje então? 10%? 20%? Mais? Será que o que falta ao nacional-fascismo é apenas um lider mediático e algum tempo de antena? Será mesmo possivel?...

Vítor I. disse...

Não dês tempo de antena aos reaças, fala antes de teatro que hoje é o dia indicado.

Vítor I. disse...

(Postado pelo telemóvel, agora vou pra dentro)

Raquel Alão disse...

Concurso de televisão? Mas quem é que vê televisão com tanto livro para ler, tanta peça de teatro para ir ver, tanta música para ouvir (e cantar), tanto para viver que não à frente de uma m*rda de uma caixinha que só vomita chorrilhos de disparates?

Não ver eu o fim a esta sociedade vocacionada para fazer muito ricos 10% de analfabetos à conta do suor e da escravidão a uma vida estúpida de exaustão laboral dos outros 90%... O lema é produzir, produzir, produzir. Até morrer. Que é para não dares despesa a ninguém. E se o teu trabalho não for quantificável isso é sinónimo de seres um inútil. E é esta a concepção de vida a que uma pessoa tem de se vergar. Não há direito...