quarta-feira, setembro 19, 2007
quando um burro fala, nos outros não crescem orelhas
Acabo de ouvir, enlevada, o nosso Durão Barroso explicando candidamente que limitar a concorrência na distribuição energética seria como um supermercado não colocar nas prateleiras produtos de outras marcas. É grandioso o raciocínio. E o paternalismo, também. Não sei que raio de mensagem quer ele passar ao comparar a energia que alimenta o quotidiano das populações a uma garrafa de champô ou de areia para o caixote dos gatos. Ou por outro lado, talvez saiba, não o sabemos? Mas o que vale a quem o ouve é que, como hoje alguém me recordou, lá por nos chamarem burros não nos nascem orelhas.
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3 comentários:
um dos meus argumentos preferidos é que vai estimular a concorrência e por isso beneficiar o consumidor. ora isso em teoria até aconteceria, se ao chegar a Portugal este género de produtos não levasse com os impostos portugueses em cima, não fizessem todos panelinha para manterem os lucros em certa percentagem e não acabassem todos com o mesmo preço dos que já cá existem...
como os carros e os combustíveis e por aí fora...
paternalista é diminutivo... e chamar-nos burros é meiguice...
mas provavelmente este gajo ainda chega a presidente da república. PR no jornal. mark my words...
Sim, foi mais ou menos isso que comentámos aqui. A concorrência como valor absoluto apenas permite que se compita a ver quem aldraba melhor... concorrência no seio da máfia é coisa que nunca aproveitou ao consumidor; por outro lado aproveita para caraças ao fornecedor de metralhadoras.
Quanto a essa negra perspectiva de termos mais um PR de peixaria... depois da moreia, o cherne, pois claro, não me admirava muito, não senhora.
então e os telemóveis e a internet e mais a entrada do euro (que disfarça tão bem a subida dos preços de tudo e mais alguma coisa)?, e posso estar a dizer grandes barbaridades e a misturar assuntos, mas acaba por ser tudo a mesma evidência... o consumidor nunca é benificiado, a aparência da venda e do produto pode mudar, mas as entrelinhas levam-nos sempre o dinheiro, de uma maneira ou de outra.
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