Porque SIM
SIM. Porque a Interrupção Voluntária da Gravidez é uma questão de consciência individual; e só com a vitória do SIM todas as mulheres terão finalmente o direito de agir de acordo com a sua consciência. Teremos um país mais democrático.
SIM. Porque esconder a realidade nunca foi solução, e a realidade é que todos os anos entram nos hospitais portugueses mais de 10 000 mulheres com complicações resultantes de abortos clandestinos - e as que nunca chegam aos hospitais, quantas serão?
SIM. Porque estamos trinta anos atrasados no que toca aos direitos sexuais e reprodutivos.
SIM. Porque eu não tenho o direito de obrigar outra mulher a levar até ao fim uma gravidez que ela não deseja, como não tenho o direito de a condenar à ilegalidade e eventualmente à prisão caso ela decida interromper essa gravidez.
SIM. Porque nenhuma mulher deveria ser forçada a submeter-se a exames ginecológicos para depois ser julgada por uma decisão tão difícil e íntima; SIM, porque um estado democrático não pode violar a integridade de uma mulher em nome dos conceitos morais que alguns querem impôr; SIM, para acabar com a humilhação.
SIM. Porque este referendo nos chama a tomar em mãos uma decisão fundamental no que toca a direitos cívicos, à saúde pública, ao fim da hipocrisia criminosa da ilegalidade; são razões demasiadamente fortes para se ficar em casa, esperando que outros decidam por nós.
SIM, por uma cidadania completa para todos. SIM, por uma sociedade franca e democrática.
SIM. Porque votar Não é um acto de tirania.
SIM. Porque votar SIM é defender a escolha e a responsabilidade. Porque votar SIM é defender a vida.
SIM. Porque SIM.
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