As-sim sim!
O debate da noite passada no Prós e Contras alimentou-me, esperançou-me e também me orgulhou. Ficou bem claro que votar "não" é um acto ditatorial, que defende a manutenção da pena de morte sumária para algumas das mulheres que abortam, da infertilidade permanente para muitas mais, da perseguição judicial e da condenação nos tribunais para mais umas tantas - ainda que com penas suspensas, falamos de condenações, e antes disso de peritagens ginecológicas. Para outras, com vidas mais confortáveis, bastam os conhecimentos certos dentro do país ou um simples passar da fronteira.
Demonstrou-se que cresce o medo de recorrer ao serviço de saúde para tratar complicações resultantes do aborto inseguro, por medo de denúncias à justiça. Que ser pelo "não" é desrespeitar a consciência individual das mulheres; é retrógrado, misógino, discriminatório, hipócrita, inaceitável, ineficiente, criminoso. Como repetiu um incrédulo Vasco Rato, se não é por opção da mulher há-de ser por opção de quem?!
Que ao "não" escasseiam argumentos para lá do pântano da demagogia e da arrogância moral. Que ao SIM sobra humanidade, respeito, clareza, inteligência, civilização, respeito pelos direitos humanos, honestidade, capacidade de enfentar a verdade e lidar com ela.
Dia 11 de Fevereiro veremos de que lado da civilização queremos estar.
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