segunda-feira, abril 26, 2010

reflexões no vinte seis.

já no Rossio se dispersava, ainda a cauda do desfile ia no Marquês. os grupos são cada vez mais, as lutas acompanham-se lado a lado. como me dizia a Susana, o 25 da avenida tornou-se um verdadeiro espaço de liberdade. e se a secção da imigração para mim ficou ex-aequo com as Panteras Rosa ("não me papas!" é quase tão bom como "ilegal é a tua tia"; menção honrosa para o rolo compressor do PEC posto a girar pelo BE por cima da canalhada em curtição total), o prémio twilight zone vai para um estranho bloco. quando fizemos escala nos Restauradores, chamou-nos a atenção um grupo que, sem palavras de ordem, vinha em compacto aplauso. à frente, ao centro, dois ou três cravos na mão e sem bater palmas, vinha o rosto sereno e seráfico atrás de quem todos altivamente caminhavam e aplaudiam: Fernando Nobre.


gostei quando foi anunciada a candidatura. e tenho, naturalmente, as minhas simpatias por um homem com obra feita e que, assumidamente monárquico, tem dado o seu apoio às forças políticas com que contingentemente concorda, desde o PSD ao Bloco, passando pela candidatura do Mário Soares. mas sempre achei, e cada vez acho mais, que o diabo se esconde nos pormenores. ontem já decidi em quem não vou votar. com o Cavaco, aí vão dois.



o puto arco-íris VS o rolo compressor (aka PEC) — o combate do século
Lisboa, 25 de Abril de 2010

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