segunda-feira, abril 26, 2010
ilegal é a tua tia, pá!
tinham o melhor slogan da tarde —este, sem o "pá", por respeito ou por falta de hábito. mas foi neste friso, antes de começarem a descer, que me olharam um por um. como que hiperconscientes do momento de visibilidade, ainda que numa pequena leica compacta, distavam do mundo apenas por um cabo. hipersensíveis pelo invulgar dessa exposição, tranquila, pausada, a luz do sol a bater nos rostos. um por um, perceberam que filmava e quiseram entrar. agora ao rever, percebo que deveria ter levado o dobro do tempo a percorrê-los, pousado o triplo do tempo naquele último rosto. a timidez impediu-me de lhes fazer justiça.
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