quinta-feira, novembro 26, 2009

tiempo es silencio

sabia já. tinha havido aquele sonho estranho na terra-mãe, comboios e alcatifa e um manípulo de janela. era claro como a luz em quase inverno. é aquela coisa sem nome que se ri da quilometragem alheia, vai para onde quer, como quer, quando quer. os sonhos que queremos crer territórios da liberdade pura, são a presa preferida. e caem sempre que nem patos.

é melhor saber. perguntar. já está visto, está feito, porque não deixar que se amasse em poucas palavras? e agora...

e agora nada muda. incompreensivelmente, nada muda nunca, não tuge nem muge. não treme o ar. só o peito pede um dreno rápido, um furo que o esvazie de ar estéril, esterilizado, e leve da noite aquele momento em que ela o puxou de repente e o sorriso dele esperava um beijo roubado, quando ela só queria que ele andasse mais devagar. o tempo é cinema. é para rasgar.


3 comentários:

K. disse...

O tu escreves também é cinema. E algo mais.

catarina disse...

O que escreves também é cinema...
mas não para rasgar.
;)

Manel disse...

vocês... :)*