terça-feira, outubro 20, 2009
qué niebla, no se ve nada.
tenho de escrever escrever escrever. agarrar os relâmpagos. como é que se agarra um relâmpago? sem queimar a mão, quer dizer. estão cá os feixes todos, reflectem em alta velocidade as paredes do labirinto, inscrevem gritos nas paredes, slogans, frases de combate, e deixam espalhado nos corredores tudo o que escorrega das paredes, tudo o que na sua essência não se grava. ou melhor, tudo o que, no seu avanço, se tecnologiza e passa a registar-se por gravação molecular. está lá, linha por linha, palavra por palavra. só não se lê. o que faz com que apenas a sua energia dispersa nos corredores pareça sinal da sua existência, o que faz crer que se aspergiu, se desmaterializou. engano. nada disso. moleculou-se. insidiou-se. mas está lá. só tem de ser sugado outra vez. e depois há-de morder os relâmpagos.
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2 comentários:
Gostei tanto de rever o Corto na Argentina... :)))
:)
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