segunda-feira, outubro 12, 2009
a lanterna
quando me deixo entrar, perco-me. quando me afasto vejo tudo tão transparente como uma pupila. e isso tranquiliza-me. mas a tranquilidade faz-me voltar a entrar sem que perceba como. e perco-me novamente. e eu sempre gostei de andar sem bússola, de ao volante pôr o nariz de fora para confirmar de que lado é o mar, mas aqui não me quero perder mais. os limos são venenosos. as camarinhas também. a sombra espalhou-se demasiado. e fico eu com as mãos molhadas e os olhos secos, a tremer no escuro, a render-me ao frio. é muito. quero uma lanterna.
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2 comentários:
um suspiro e um abraço, amiga. *
beijo, princesa. :)*
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