quinta-feira, fevereiro 25, 2010

contra um COI que faria corar por estes dias o joão semana e a respectiva burra...

... e porque as diferenças hormonais são parte da competição desportiva, sempre o foram, e porque um intersexo não é alguém com "disorders of sex development". é um intersexo. AQUI econtram uma petição internacional muito bem escrita e muito bem explicada. leiam. pensem. assinem.


The IOC is falsely framing their demands as a health issue to obfuscate the fact that they are singling out women they deem overly masculine and forcing them to “fix,” i.e. “feminize,” their “masculine characteristics” in order to compete. We believe this is astoundingly discriminatory.

The issue which intersex female athletes present is one of “fairness.” However, as many have pointed out, unfair physical advantages are endemic to sports. Men with low testosterone levels have been muscled out of medals since sports began without calling for their rivals to be banned from competition. The only fair solution is for the IOC to celebrate, not regulate, "masculine" women’s physical talents, just as it does men’s.

quarta-feira, fevereiro 24, 2010

How to disappear completely.

LAURA (to James): Your Laura is gonne. There's just me, now.

David Lynch/Robert Engels







segunda-feira, fevereiro 22, 2010

what's in a name? *


fotografia de tonrulkens


Joana Manuel, Moçambique, 102 anos à data da fotografia, curandeira. Um nome, o que é?

sábado, fevereiro 20, 2010

fazemos o que não podemos evitar?





Rainer Werner, fofinho, cala-te só um bocadinho, sim?...

eles é que são a família

mas ainda não consegui parar de rir desde que deparei com os fachos todos, na reportagem da RTP, a cantar o We Are Family.


mãezinha, macho que é macho passa a tarde de sábado a desfilar na avenida enquanto entoa um hino gay a plenos pulmões? ui... isto anda tããão confuso, que medo. vá malta, saiam dos armários mas é, e tudo a investir na diferença. do Stanley ao Conde de Contarrr, é foder a cabeça ao Ferrão com um heartfelt anthem. I'll bring out all my (scissor) sisters with me!


adenda.

antes que alguém venha reclamar de uma alegada intolerância expressa no cartaz anterior, é favor primeiro acederem a ESTE LINQUE para verem a obra original. agradecida.

esta tarde, na avenida que se chama da Liberdade...


imagem de Luís Rainha
no Cinco Dias


pessoas que se dizem militares de Abril, que como alguém já notou são, na realidade, militares de Novembro e que, como boas múmias de Maio, se vão juntar a skins e fascistas, gritarão contra a igualdade de direitos. lutarão pela manutenção do preconceito e do ódio. manifestar-se-ão contra a liberdade e contra a inteligência.


o silêncio é cúmplice, a inacção também. e o primeiro que me falar de brandos costumes recebe de brinde um busto do barbichas que quer meter os imigrantes num avião daqui para fora. ou umas botas de Santa Comba banhadas em cobre. ou um fim-de-semana de sonho com a Isilda Pegado. aos que duvidam da importância do que se está a passar, eu digo uma única palavra: Uganda. podia dizer muitas outras, mas por estes dias esta chega.



Lisboa, 8 de Janeiro de 2010

I know when the coconuts are about to fall.

sexta-feira, fevereiro 19, 2010

baby, I'm looking for you...




I didn't forget you, you just lost me there for a bit. but I know you'll show up again.
just like that. two seats. the round light. and lots of personality. personality goes a long way.

(se alguém souber de um P125X pronta a adoptar, que avise. chuiff...)

don't follow leaders, watch your parkin' meters.




a beleza da arte é que quando se diz de alguém, com toda a propriedade, que é "o máióre", vem logo outro a seguir que pode levar o mesmo título e ninguém roubou nada a ninguém.


ora digam lá que não é bonito?...

quinta-feira, fevereiro 18, 2010

segue o videolog — beleza pura.



ou de como há coisas cuja explicação escapa sempre ao entendimento.

quarta-feira, fevereiro 17, 2010

soul nation army — coisas que o meu Puto descobre.




isto ultimamente parece um vídeoblog, desculpem lá. mas já sabem, é por fases, como esta caprichosa aqui ao lado.

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

domingo, fevereiro 14, 2010

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

cantar, o que é?



... pois.



e quanto ao rapazinho dos ídolos, enfim, coitadinho, devia ser preso.

segunda-feira, fevereiro 08, 2010

o rinoceronte

ela tem no corpo a história do mito. o mito é Electra. mas pode até ser desconhecido a quem a olha, que o peso nos pulsos vai sentir-se sempre. ela tem a dança no corpo. mas pode até o léxico ser obtuso, obscuro, fugidio, que a imobilidade vai sentir-se em cada músculo que parece querer ultrapassar a pele. ela destapa cada testo por sua vez, uma electra sabe que por vezes precisa das pernas nuas, outras é o torso que pede para ser desvelado. ela sabe que os talheres magoam os pés descalços e os tacões magoam o corpo calçado. ela começou tantas vezes sabendo que nunca ia acabar, que o fim da música lhe ficou nas mãos, e em cada percurso interrompido porque já se gastou. ela vive na coragem semi-consciente de interromper o que morreu sem que a tristeza que se afunda impeça o que ainda nasce. nem vale a pena fechar as gavetas. assim, mesmo mortas, respiram melhor.



Olga Roriz como Electra
fotografia de Sara Magno

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

só para relembrar.

Drop it, NOW!

faças o que fizeres, não me mintas.

São duas horas e meia. É o tempo certo, aquele que me faz sair com a sensação de que mais uma hora até seria bem-vinda. São os ângulos, o tempo, a luz que se me atira em neve para os olhos, a mansidão donde a lava apenas irrompe em jactos, assustadores mas dormentes, como a luz, como a neve, como os movimentos síncronos das forquilhas. São os olhos, as bocas, as lágrimas de uma transparência que as faz trocar presença com a ausência para assim conseguirem estar sempre presentes nas superfícies lisas entre os olhos e as bocas. São os pescoços feitos nó dos adultos, os corações feitos mata das crianças. As crianças, as irreais crianças donde Michael Haneke suga demasiada realidade. São as respostas, todas as respostas que se escondem nas perguntas que nascem e ficam na disseminação da culpa. A matéria de que se fazem os monstros. É cinema Grande.




terça-feira, fevereiro 02, 2010

as pequenas poesias dos grandes ciclos.

ponto um, eu nem gramo por aí além o Rui Veloso.
ponto dois, só com os Clã é que percebi realmente o tamanho do Tê maiúsculo.
ponto três, independentemente disso, o Ar de Rock é um grande disco.
ponto quatro, o Ar de Rock é de 1980.
donde, ponto cinco, desde os cinco anos que eu fico a matutar na palavra "Cantareira". e em seis anos de trabalho contínuo do Porto, não resolvi o dilema.

e ontem crava-se uma boleia entre Matosinhos e a Batalha e o cicerone leva-nos a espreitar a praia do Ourigo onde passa a moça do piercing no umbigo. e uns metros à frente diz, displiscente, esta zona é a Cantareira.

e eu, de repente com cinco anos, olho para o Carlos Tê que continua tranquilamente ao meu lado, ao volante, a pintar-nos o seu Porto. e fico a pensar que a vida é uma roda caprichosa e maravilhosa.